Fábrica da Eternit: empresa terá de pagar indenização por exposição a
amianto.
São Paulo - O
Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou, nesta quarta-feira, a empresa de
materiais de construção Eternit a pagar idenização de 1 milhão de reais
por danos morais à família de um de seus antigos funcionários.
Yura Zoudine
trabalhou na fábrica da Eternit de Osasco por dois anos, onde era responsável
pela supervisão da produção de materiais feitos à base deamianto como as telhas e caixas d'água.
Zoudine frequentou a
companhia entre 1964 e 1967, mas só em 2005 descobriu que havia adquirido
mesotelioma pleural, um tipo de câncer causado principalmente pela inalação de
amianto.
O ex-funcionário
faleceu menos de um mês depois de receber o diagnóstico.
As doenças
relacionadas ao amianto demoram, em média, 30 anos para se manifestarem mas,
quando o fazem, já não há tratamentos eficazes para tratá-las.
O caso foi a julgamento
em 2007 e, em 2008, a decisão foi favorável à indenização da família em 600 mil
reais, valor pedido inicialmente pelos parentes do ex-funcionário. A Eternit
recorreu em segunda instância, perdeu e, ao recorrer ao TST, fez com que a
acusação aumentasse o pedido de indenização para 1 milhão de reais, que o TST
aceitou.
De acordo com
advogados da família Zoudine, trata-se da maior indenização individual para
vítimas de amianto no Brasil.
O amianto já foi
banido em 49 países e, no Brasil, uma lei já proíbe seu uso no estado de São
Paulo.
Acaua Fonseca / Exame
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