Ilustração Beto
Soares/Estúdio Boom
Fonte: Paraná Online
Ginástica laboral é uma
modalidade de atividade física destinada aos trabalhadores para que seja
praticada no próprio local de trabalho.
Atualmente não somente as
grandes empresas, mas também as empresas de pequeno porte tem cada vez mais se
atentado para a necessidade de cuidar da qualidade de vida de seus
funcionários, pois a maioria dos trabalhadores acorda cedo e volta para a casa
já a noite, não sobrando tempo algum para fazer academia ou praticar exercícios
físicos.
Como consequência, esses
funcionários adoecem mais facilmente, além de não se sentirem motivados consigo
mesmo e como consequência isso influencia na produtividade também.
Dessa forma as empresas
começaram a perceber isso, e foi a princípio denominada "ginástica de
pausa para operários". Surgiu em 1925, na Polônia. Depois foi sendo
aderida também em outros locais como a Holanda, a Rússia, a Bulgária, a
Alemanha, etc.
Em 1928 chegou ao Japão,
sendo aplicada nos trabalhadores dos Correios, e após a Segunda Guerra Mundial,
espalhou-se por todo o país.
Como resultados, observou-se
a diminuição dos acidentes de trabalho, o aumento da produtividade e a melhoria
das condições dos trabalhadores. Hoje, mais de 1/3 dos trabalhadores japoneses
a praticam diariamente.
Aqui no Brasil, cada vez mais
empresas tem implementado esse programa, que na sua maioria é desenvolvido por
fisioterapeutas ou professores de educação física, que vão até a fabrica
ministrar essas pequenas "aulas" para os funcionários.
A ginástica é composta por
exercícios físicos, alongamentos, relaxamento muscular e flexibilidade das
articulações, e é uma prática coletiva, promovendo a descontração e interação
entre os colegas de trabalho. Além disso, ela age psicologicamente, ajudando a
aumentar o poder de concentração e motivando-os em sua auto-estima.
Os benefícios dependem
diretamente do tipo de trabalho realizado. A maioria dos exercícios tenta
diminuir o efeito da solicitação constante a que é submetido um trabalhador, ao
executar determinada tarefa, seja ela uma tarefa física ou não.
Por exemplo, trabalhadores
em uma linha de montagem de uma fábrica necessitam de exercícios específicos
para os grupos musculares utilizados para que não ocorra lesão muscular por
superutilização. Já trabalhadores administrativos como digitadores, secretárias,
atendentes, precisam corrigir problemas posturais e compensar esforços
repetitivos.
Do ponto de vista do
empregador, diminuir os problemas de saúde no trabalhador é sinônimo de aumento
de produtividade na empresa. Essa afirmativa se verifica de diversas formas,
mas os principais pontos notados são a diminuição na ocorrência de faltas ao
trabalho por motivos médicos e também a diminuição dos acidentes de trabalho.
Portanto, se você é
empresário e possui empregados trabalhando para você, pense na possibilidade de
aumentar a qualidade de vida deles, e por consequência melhorar o clima e a
produtividade de sua e empresa.
André Pajé, atleta,
ex-campeão paranaense de fisiculturismo e árbitro internacional da Federação
Mundial de Musculação e Fitness.
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