sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Falcões ajudam a minimizar acidentes entre aves e aeronaves no Galeão

A presença de aves nas proximidades dos aeroportos pode causar acidentes aéreos. Na maioria dos casos, os pássaros são atraídos pelo lixo acumulado e não descartado corretamente pelas comunidades vizinhas ao aeroporto. Para diminuir os riscos de acidentes, e melhorar a segurança, os aeroportos da Infraero têm um Plano de Manejo de Fauna, aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que contempla diversas técnicas para controle da fauna local.

No Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Antonio Carlos Jobim (Galeão) – um dos cinco terminais que integram a Superintendência Regional da Infraero no estado - o manejo de fauna é realizado por meio de falcoaria, que utiliza falcões ou gaviões treinados para capturar e afugentar as demais aves. A ação envolve 12 aves de rapina que são monitoradas por dois biólogos e três falcoeiros, entre eles um veterinário.

Falcões treinados são usados para afastar urubus de aeroportos.

As atividades do projeto de falcoaria no Galeão foram iniciadas no mês de maio por empresa contratada pela Infraero. No longo prazo, a utilização da falcoaria reduz a presença dos pássaros, tanto pela captura quanto pela mudança de comportamento das aves, que percebem gradualmente a presença de um predador.

Os espécimes capturados são identificados, catalogados e transportados para uma área distante do aeroporto com características ambientais apropriadas para os mesmos. O processo, além de permitir o controle da avifauna no sítio aeroportuário de forma ambientalmente responsável, possibilita um monitoramento mais preciso das espécies de pássaros que habitam o entorno do aeroporto.

A coordenadora do Meio Ambiente do Aeroporto do Galeão, Priscila da Silva Souza, disse que até o momento, já foi possível observar redução da presença de aves em certos pontos do aeroporto. “O trabalho é muito útil para garantir o bom andamento dos procedimentos de vôo, garantindo a segurança das operações”.

Além disso, são realizadas intervenções no ambiente de modo a tornar o aeroporto menos atrativo, eliminando poças d’água, fechando buracos em cercas e o uso fios tensionados, isto é, fios bem esticados presos em cada ponta de um corrimão ou muro, que fazem com que as aves não tenham estabilidade para pouso, sem machucá-las.

Outros aeroportos

Nos demais aeroportos da Superintendência Regional Rio, o manejo de fauna é muito semelhante ao realizado no Galeão, com exceção da falcoaria. São adotadas medidas como captura de animais por armadilhas, enviando-os para outras áreas; vedação de edificações em desuso e aeronaves abandonadas; colocação de telas nos canais; remoção de árvores frutíferas (ou de seus frutos), além de ações de educação ambiental.

Segundo o coordenador de Meio Ambiente da Regional Rio, Fued Abrão, a participação da comunidade é muito importante para o sucesso das medidas de manejo e para a diminuição dos riscos, pois os resíduos descartados de modo irregular podem atrair aves, como urubus e pombos. Ele ressalta, ainda, que é fundamental a atuação da administração pública municipal na manutenção das condições de saneamento dos bairros ao redor dos aeródromos.

Fonte: Jornal do Brasil

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