O engenheiro civil Eduardo Bueno Brunes, 37 anos,
caiu do 13º andar (aproximadamente 60 metros) na manhã desta segunda-feira
(15), de um prédio em construção no condomínio Península, em Águas Claras,
região administrativa do DF. Ele teve traumatismo no crânio-encefálico e morreu
na hora.
De acordo com o Sindicato dos Empregados da
Construção Civil do DF, este ano já houve 12 mortes ligadas a canteiros de
obras na capital. A morte do engenheiro seria a 13ª.
O engenheiro trabalhava em uma empresa de telefonia
e foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros. Ao lado do corpo de Brunes foi
encontrada uma prancheta com outros locais de vistoria e papeis da companhia de
telefonia em que ele trabalhava, além de documento de identificação do Conselho
Regional de Engenharia do DF (Crea-DF).
Segundo a Dom Bosco Empreendimentos, consórcio
entre as empresas Via e Paulo Octávio, responsável pela construção, o homem não
era funcionário da obra e não possuía autorização para entrar no local. A
Polícia Civil investiga o acidente.
As obras do condomínio Península, onde o acidente
ocorreu, estão embargadas por decisão do Tribunal de Justiça do DF e
Territórios (TJDFT). A construção foi alvo de denúncia do Ministério Público do
DF e Territórios (MPDFT) por ultrapassar o limite máximo permitido para a obra,
entre outros problemas.
A morte anterior a esta do engenheiro na construção
civil no DF ocorreu em junho passado, na reconstrução do Estádio Nacional Mané
Garrincha. Em agosto deste ano, mais cinco operários que trabalham no Estádio
sofreram um acidente grave durante o processo de concretagem de uma laje. Uma
viga teria se rompido devido ao peso do concreto, ainda fresco, colocado sobre
ela e despencou atingindo os trabalhadores. Um deles chegou a ficar três horas
sob os escombros, aguardando resgate, e foi levado ao hospital em estado grave.
Acidentes de trabalho na construção civil são
registrados diariamente e muitos resultam em mortes ou ferimentos graves que
afastam temporária ou definitivamente milhares de trabalhadores de suas
atividades.
Auditores-Fiscais do Trabalho realizam um trabalho de prevenção, porém, com o aumento estrondoso do número de obras nos últimos anos, em contraste com a redução do número de Auditores-Fiscais, não tem sido possível vistoriar todos os canteiros de obras, como seria o ideal.
Enquanto o governo federal não se conscientizar de que é preciso aumentar o contingente da fiscalização como uma das medidas para enfrentar a verdadeira epidemia de acidentes de trabalho que ocorrem no Brasil, não há como mudar a situação.
Auditores-Fiscais do Trabalho realizam um trabalho de prevenção, porém, com o aumento estrondoso do número de obras nos últimos anos, em contraste com a redução do número de Auditores-Fiscais, não tem sido possível vistoriar todos os canteiros de obras, como seria o ideal.
Enquanto o governo federal não se conscientizar de que é preciso aumentar o contingente da fiscalização como uma das medidas para enfrentar a verdadeira epidemia de acidentes de trabalho que ocorrem no Brasil, não há como mudar a situação.
Assessoria de Imprensa do Sinait com informações do
Jornal Destak Brasília e Portal R7.
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