quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Secretaria de Saúde usa peixe para controlar a dengue em Alagoas


Houve redução do número de focos no município de Colônia Leopoldina.
Peixe come as larvas do mosquito transmissor da doença.

Do Globo Rural

A Secretaria de Saúde de Colônia Leopoldina, em Alagoas, usa o peixe chamado de barrigudinho para controlar a dengue. Houve redução do número de focos da doença desde quando ele começou a ser usado pela vigilância epidemiológica do município.

Há seis meses, a cidade enfrentava um surto de dengue até que a Secretaria de Saúde do município implementou um projeto barato e eficaz no combate à doença. Depois de 10 anos de pesquisa, eles concluíram que o peixe come as larvas do mosquito transmissor da doença.

A captura do peixe é feita no açude da cidade de Marial, em Pernambuco. O agente da Vigilância Epidemiológica Genésio José da Silva usa uma rede para pegar dezenas de peixes de uma só vez.

Os barrigudinhos, também conhecidos como gouppys ou lebiste, são levados numa caixa térmica até o tanque chamado de quarentário, onde passam por um processo de adaptação ao novo ambiente. Os peixes são alimentados apenas com larvas do mosquito. É tanta eficiência que os profissionais pensam em fazer a reprodução dos peixes em cativeiro.

Depois de passarem por todo processo os peixes são levados em sacos plásticos e distribuídos de casa em casa pelos agentes de endemias. Em seguida, são colocados nos reservatórios, como cisternas e cacimbas, onde foram encontrados focos de dengue da cidade. O agente ainda faz um monitoramento periódico para ver se as larvas foram mesmo eliminadas.

Durante a visita o agente ainda faz um trabalho de conscientização com a distribuição de cartilhas que contêm informações da Embrapa sobre o combate a dengue. Os peixes barrigudinhos não são colocados apenas nas casas. Durante as visitas de rotina os agentes encontram focos que ficam, por exemplo, num calçamento desnivelado.

O agente da vigilância epidemiológica Gilson Tadeu Acioly explica que o controle biológico feito com o peixe é mais eficaz que o químico, com larvicidas. A pesquisa foi realizada pela equipe de endemias de Colônia Sacramento.

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