Houve redução do número de focos
no município de Colônia Leopoldina.
Peixe come as larvas do mosquito transmissor da doença.
Peixe come as larvas do mosquito transmissor da doença.
Do Globo Rural
A Secretaria de Saúde de Colônia Leopoldina, em Alagoas,
usa o peixe chamado de barrigudinho para controlar a dengue. Houve redução do
número de focos da doença desde quando ele começou a ser usado pela vigilância
epidemiológica do município.
Há seis meses, a cidade enfrentava um surto de
dengue até que a Secretaria de Saúde do município implementou um projeto barato
e eficaz no combate à doença. Depois de 10 anos de pesquisa, eles concluíram
que o peixe come as larvas do mosquito transmissor da doença.
A captura do peixe é feita no açude da cidade de
Marial, em Pernambuco. O agente da Vigilância Epidemiológica
Genésio José da Silva usa uma rede para pegar dezenas de peixes de uma só vez.
Os barrigudinhos, também conhecidos como gouppys ou
lebiste, são levados numa caixa térmica até o tanque chamado de quarentário,
onde passam por um processo de adaptação ao novo ambiente. Os peixes são
alimentados apenas com larvas do mosquito. É tanta eficiência que os
profissionais pensam em fazer a reprodução dos peixes em cativeiro.
Depois de passarem por todo processo os peixes são
levados em sacos plásticos e distribuídos de casa em casa pelos agentes de
endemias. Em seguida, são colocados nos reservatórios, como cisternas e
cacimbas, onde foram encontrados focos de dengue da cidade. O agente ainda faz
um monitoramento periódico para ver se as larvas foram mesmo eliminadas.
Durante a visita o agente ainda faz um trabalho de
conscientização com a distribuição de cartilhas que contêm informações da Embrapa
sobre o combate a dengue. Os peixes barrigudinhos não são colocados apenas nas
casas. Durante as visitas de rotina os agentes encontram focos que ficam, por
exemplo, num calçamento desnivelado.
O agente da vigilância epidemiológica Gilson Tadeu
Acioly explica que o controle biológico feito com o peixe é mais eficaz que o
químico, com larvicidas. A pesquisa foi realizada pela equipe de endemias de
Colônia Sacramento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário