Por Eli
Almeida
Campina Grande/PB
As condições de
trabalho de cada empresa devem ser tratadas de maneira diferente. Seus
programas ocupacionais, lógico, devem atender a realidade de cada ambiente. O
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais é um destes programas que
deve ter essa visão real do setor de trabalho. Muita das vezes profissionais
querem estes programas prontos. A ideia é que copiando e colando dos outros,
estar se fazendo, por exemplo, um programa perfeito, capaz de atender às
necessidades da empresa.
Mas, não é bem assim.
O PPRA é um programa específico para cada posto de trabalho, por
isso, cada posto de trabalho necessita de uma interpretação
diferente e é justamente isso que altera de empresa para empresa. Então o colar
e o copiar não é a metodologia recomendada para um eficiente programa. É
necessário ter conhecimento de cada realidade.
Deve-se empregar um
conhecimento técnico apurado. E para isso, não se pode apegar apenas
em modelos prontinhos. Temos que botar a cabeça pra funcionar. Deixar de querer
as coisas fáceis, vindas do céu, prontas nas mãos. Para quem é estudante de
segurança do trabalho, ainda há tempo. Exijam de seus professores que eles
ensinem como elaborar o programa de prevenção de riscos ambientais. Na
verdade, o que se observa é que muitas instituições de ensino, seja de curso
técnico ou de especialização, estão deixando a desejar quanto a aprendizagem
dos alunos sobre a confecção deste documento.
Entretanto, o PPRA
em sua metodologia exige que devemos ir para o “chão de fábrica”, coisa que
poucos fazem; anteciparmos os meios de prevenção, reconhecer e identificar os
perigos e riscos de cada setor de trabalho, conhecer sua trajetória e o que
isso pode agravar na saúde dos empregados. Identificar as funções e quantos
funcionários estão expostos, entender o processo produtivo, observar o
maquinário e seus perigos operacionais, saber o que os trabalhadores fazem e de
que maneira fazem, qual tempo de exposição que eles têm diante de agentes
ambientais.
É nossa obrigação
conversar com os trabalhadores e trabalhadoras, dialogar sobre a ocorrência de
lesões ou de doenças do trabalho, pesquisar na literatura médica ocupacional
sobre possíveis danos à saúde deles, verificar se no ambiente analisado existe
medidas de controle coletivo, recomendar, caso necessário, avaliações
quantitativas.
Devemos definir um
Plano de Ação em parceria com os responsáveis pela gestão da empresa. Estabelecer
prazos para as atividades propostas. Priorizar as ações que tenham como foco a
eliminação dos perigos no ambiente. Esse controle pode ser feito na fonte do
perigo, na trajetória do agente até o trabalhador ou no trabalhador. Indique à
necessidade de treinamentos, controles administrativos, monitoramento médico
por meio de exames periódicos, dentre outros.
O PPRA requer uma
gestão constante. Sendo assim, se faz necessário monitorar suas ações
recomendadas no Plano de Ações, envolver parceiros da empresa neste processo,
incluir a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Portanto, não se
preocupe em criar apenas modelos dos outros, faça do seu jeito, conforme
previsto na Norma Regulamentadora 9. Sua prioridade deve ser para melhorar
ambientes de trabalho tornando saudáveis para as pessoas, pois é nele que
convivem e passam boa parte de suas vidas.
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