Por Eli Almeida
Campina Grande/PB
Texto
publicado no Grupo Construção servirá de prova contra cursos de TST de péssima
qualidade.
O texto publicado no Grupo Construção que tratava da baixa qualidade de ensino
e a expansão descontrolada de escolas que estão oferecendo curso
profissionalizante de técnico de segurança do trabalho na Paraíba será enviado
para Justiça.
A informação deverá juntar-se as outras existentes dos auditores do trabalho
e servirão de prova para investigação da justiça paraibana sobre atuação das
instituições de ensino no Estado.
O uso do texto pela Superintendência do Trabalho da Paraíba, que alerta
as autoridades sobre a proliferação das escolas, foi discutido entre os
participantes do CPR Campina Grande,
na última quinta-feira. Além da divulgação entre os membros do Grupo
Construção, as irregularidades cometidas pelas escolas foram publicadas também
na Rede Técnicos de Segurança do Trabalho do Brasil.
Segue texto:
A
proliferação é incontrolada. Na verdade, uma enxurrada de escolas, que a
cada dia se multiplicam, tanto aqui em nosso estado, quanto em todo
país. São cursos, aliás, de baixa qualidade pedagógica. Sem nenhum tipo
de fiscalização do Estado, elas seguem colocando no mercado centenas de
futuros profissionais, despreparados para o mundo do trabalho. Pensar
que em outras décadas, fazer um curso de supervisor de segurança e até o
início dos anos 90, o curso de técnico de segurança do trabalho era
bastante difícil, as instituições tinham compromissos com a formação
pedagógica.
Hoje
a história é outra, bem oposta às de outrora. Temos cursos até demais,
de sobra por sinal. Lembrar que naquele tempo tínhamos excelentes
escolas e cursos. Contava-se com docentes bem preparados, mestres,
doutores, fiscais do trabalho com largas experiências no ramo,
disciplinas como: sociologia do trabalho e psicologia organizacional,
desenho arquitetônico, técnicas de ensino, dentre outras, necessárias na
formação profissional do técnico de segurança.
Naquele
tempo, a visão era o da boa formação profissional. Nos dias atuais, o
foco de algumas instituições é a ganância pelo quantitativo financeiro
que entrará no final do mês na contabilidade da instituição. Sobre isso,
e outras tantas práticas ilegais de ensino, já é do conhecimento dos
Ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego, órgão responsável pelo
registro do técnico de segurança do trabalho, as irregularidades
cometidas por instituições de ensino na formação de futuros
profissionais, mas que até agora nada tem feito para punição delas.
Mas,
o que se pode esperar quanto a essas irregularidades? Qual seria o
papel, por exemplo, das entidades sindicais de nosso estado, do
Ministério do Trabalho, da secretaria estadual de Educação, da FENATEST –
Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho? Dos
profissionais de segurança? Enfim, algo tem que ser feito para frear
essa proliferação, é gente demais deixando os bancos das escolas com uma
formação que deixa a desejar, e muito. Portanto, precisamos agir,
afinal de contas, isso tudo pode ter reflexo na saúde, bem como na
segurança dos trabalhadores e trabalhadoras.
Informações:
Informações:
Rafael
Campos dos Santos
Técnico de Segurança no Trabalho
Instrutor em SST Info Genius
Instrutor em SST Senai-cepsl
Membro do CPR Campina Grande
Técnico de Segurança no Trabalho
Instrutor em SST Info Genius
Instrutor em SST Senai-cepsl
Membro do CPR Campina Grande
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