Considerado em posição de vanguarda na
luta mundial contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e à Aids, o
Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer no que se refere às medidas
desenvolvidas pelas empresas, principalmente nas de pequeno e médio porte. É o
que aponta pesquisa feita com 2.486 representantes empresariais e que reflete a
situação do quadro nacional de 576 mil empresas.
Apesar de a maioria dos entrevistados (68%) concordar que o tema deve ser incluído nos planos da gestão empresarial, apenas 14% desenvolveram algum tipo de medida preventiva, no ambiente de trabalho, nos últimos 12 meses.
Este universo reúne 82 mil empresas com
mais de 100 empregados. Entre as de porte menor, o percentual ficou em 6,4%.
Os números são do levantamento conduzido pelo Conselho Empresarial Nacional para a Prevenção ao HIV/Aids (CEN/Aids), em parceria com o Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
Os números são do levantamento conduzido pelo Conselho Empresarial Nacional para a Prevenção ao HIV/Aids (CEN/Aids), em parceria com o Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
A maioria das empresas da amostra
(1.291) possui de dez a 19 funcionários e 222 empregam mais de 100
funcionários. Em torno da metade das empresas tem sede na região Sudeste e 60%
dos empregados são homens. Menos da metade (40%) do quadro é formado por
trabalhadores que estudaram até o ensino médio e 63% têm entre 21 e 40 anos de
idade.
Para o diretor do Departamento de DST,
Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, a pesquisa pode
servir de suporte para aumentar o interesse pelo assunto dentro das empresas.
Na opinião da presidente do CEN/Aids, Neusa Burbarelli, o resultado indica um
cenário positivo por mostrar que estão sendo executadas ações onde há maior
número de trabalhadores.
No entanto, ela assinalou que os
números também alertam para a necessidade de um trabalho mais concentrado nas
empresas de pequeno e médio porte. No mesmo comunicado divulgado pelo
Ministério da Saúde, o representante do Unaids no Brasil, Pedro Chequer,
salientou que a pesquisa mostra o protagonismo do país na resposta efetiva ao
HIV e à Aids.
Dados da nota lembram a resolução da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), tomada em junho de 2010, em que
foi definida uma série de recomendações para que as empresas promovam ações de
proteção à saúde do trabalhador. Nesse conjunto estão princípios para orientar
medidas de prevenção das DST e Aids nos locais de trabalho.
Desde o aparecimento da Aids, cujos
primeiros casos se situam entre 1977 e 1978, segundo cronologia de site do
Ministério da Saúde, pelo menos 28 milhões de trabalhadores podem ter morrido
contaminados pelo vírus da doença, conforme estudo da OIT. A previsão é de que
este número possa subir para 74 milhões em 2015.
Fonte: Diário do Pará
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