Conquista da sociedade e das mulheres em um segmento historicamente dominado pelos homens, as dedicadas, detalhistas e cuidadosas mãos femininas, têm garantido espaço quando o assunto é construir ou reformar. Ganha força inclusive, no último folhetim global, em que o “Pereirão”, vivida por Lilia Cabral, leva o dia-a-dia da profissão para a casa de muitos brasileiros. Também é na formação de Engenharia Civil que mulheres abrem fronteiras, hoje com aproximadamente 35% da ocupação nos cursos de ensino superior e técnico.
“As profissionais da construção civil agregam novas qualidades ao trabalho e tornam os canteiros de obras ambientes mais humanizados”, diz a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Comentário que pude viver nos canteiros onde trabalho como Gerente de Engenharia.
Hoje, temos mulheres trabalhando em instalação de esquadrias de alumínio e madeira, como assistentes de obras e no comando de empreendimentos como Mestres de Obras. Temos ainda Engenheiras Civis e Arquitetas projetando e executando os edifícios. Estas mulheres apresentam uma atitude agressiva e com vontade de crescer pessoalmente e profissionalmente. O equilíbrio entre o racional e o intuitivo traz vantagens humanas ao canteiro, aumentando a produtividade e qualidade das construções. Outra vantagem destas “meninas” é a capacidade de planejamento e concentração naquilo que desenvolvem. O que para os empreendimentos são passos largos a caminho do sucesso.
Na região do Vale do Itajaí, a indústria têxtil ainda absorve a mão de obra feminina e mesmo com programas de incentivo ao trabalho nos canteiros de obras, a presença delicada das mulheres é pequena nestes espaços. No entanto, não se pode abrir mão desta busca. Ainda iremos formar equipes de ceramistas, pintoras e pedreiras, com a certeza da melhoria na construção de novos empreendimentos.
Por Silvia Peixer*
*A autora é Gerente de Engenharia da Construtora Frechal
Fonte: blog do trabalho
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