quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Acidente na PB com avião de Ricardo foi falha do piloto, diz vice-governador



Rômulo Gouveia disse que piloto esqueceu de acionar o trem de pouso.


Perito diz que só se posiciona sobre o caso após o laudo.

Do G1 PB

Aeronave está sendo periciada na Paraíba após pouso forçado (Foto: Taiguara Rangel/G1)Aeronave sofreu danos nas hélices após pouso forçado em Campina Grande (Foto: Taiguara Rangel/G1)












O vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouveia (PSD), disse nesta segunda-feira (28) que houve falha humana no pouso forçado com o avião que conduzia o Governador Ricardo Coutinho (PSB) na última sexta-feira (25). Segundo ele, o piloto teria esquecido de acionar o trem de pouso, provocando o acidente. A Aeronáutica alegou que confirmará a causa do acidente somente após o laudo técnico, que será concluído em até um ano e publicado no site do Centro de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O piloto Nilton Pinheiro informou durante a perícia que só se pronunciará após o relatório.
Segundo o tenente-coronel Luiz Cláudio Veloso Gonçalves, perito integrante da comissão do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), não é possível confirmar a informação até a conclusão do laudo pericial. “É possível que tenha havido falha humana ou do equipamento. Ele arremeteu na primeira tentativa e aconteceu o acidente na segunda, é possível que ele tenha esquecido de acionar o trem de pouso ou que o equipamento não tenha funcionado. Podemos afirmar que houve uma aterrissagem sem trem de pouso, isso é fato e não depende de análise. Não podemos adiantar nada até a conclusão do relatório. A comissão de investigação é multidisciplinar e além do que vimos, ouvimos e fotografamos durante a perícia, o piloto deve ser ouvido ainda por psicólogo e médico. As conclusões serão divulgadas no relatório final”, afirmou Veloso.

De acordo com Rômulo Gouveia, o piloto esqueceu de acionar o trem de pouso da aeronave. Na avaliação do vice-governador, se de fato tivesse acontecido um problema técnico o piloto deveria ter comunicado o fato aos passageiros, destacou que eles estavam sem cinto de segurança e também que o pilote deveria ter tentando falar com a torre de comando. “Na primeira tentativa no pouso, ele arremeteu por causa dos ventos fortes. Ele havia feito o procedimento normal de baixar o trem de pouso, então arremeteu e recolheu o trem. Na segunda tentativa, ele esqueceu de acionar”, afirmou o vice-Governador. Segundo a Secretaria de Comunicação da Paraíba, o governo ainda não tem conhecimento do teor do laudo pericial realizado na aeronave, e por isso não confirma a versão apresentada por Rômulo Gouveia.
O caso aconteceu no dia 25, no Aeroclube no distrito de São José da Mata, em Campina Grande. Através de nota oficial, a Secretaria de Comunicação disse que informações preliminares apontam a existência de uma falha no trem de pouso, o que teria obrigado o piloto a fazer um pouso forçado no aeroclube, local onde já estava previsto o pouso. Quatro pessoas estavam na aeronave, o governadorRicardo Coutinho, o secretário-executivo do Programa de Aceleração do Crescimento, Ricardo Barbosa, o ajudante de ordens, capitão Anderson Pessoa e o piloto da aeronave. Ninguém ficou ferido.
Conforme o vice-Governador Rômulo Gouveia, apesar da experiência do piloto que possui três mil horas de voo com o modelo Sêneca que guiava no dia do acidente, houve um incidente humano comum. “É natural que ele estava nervoso porque era seu primeiro voo com o Governador. Se houvesse algum problema técnico, ele não poderia ter pousado, deveria retornar para João Pessoa, consumir o máximo de combustível possível, acionar o Corpo de Bombeiros para prestar socorro e evitar a possibilidade de incêndio, acionar o sistema de espumas e então pousar de barriga. Naquela pista não havia estrutura física para isso”, explicou Rômulo Gouveia.
O avião bimotor pertencente ao Governo da Paraíba foi retirado da pista no último sábado (26), após a perícia da Aeronáutica. Com o auxílio do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, todo o combustível foi retirado do tanque da aeronave ainda no sábado, para evitar risco de incêndio. O modelo continua guardado em um galpão no Aeroclube de Campina Grande e deve ser transportado para João Pessoa, segundo o chefe da Casa Militar, coronel Fernando Chaves.
Bombeiros retiraram combustível de avião que transportou Governador Ricardo Coutinho (Foto: Taiguara Rangel/G1)Bombeiros retiraram combustível de avião que transportou governador (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Mapa: pouso forçado do avião do governador da Paraíba (Foto: Arte/G1)(Foto: Arte/G1)












O tenente-coronel Luiz Cláudio Veloso, do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), faz parte da comissão que está em Campina Grande periciando o avião. Ele disse no último sábado (26) que não descarta nenhum tipo de erro. “Não descarto falha humana e nem falha técnica”, afirmou. A comissão investigou também as condições do aeródromo e meteorológicas.
Segundo o coronel Fernando Chaves, Chefe da Casa Militar, órgão responsável pela manutenção do avião pertencente ao Governo do Estado, o bimotor Sêneca não está atualmente em condição de uso, sofrendo avarias na hélice e no trem de pouso, e foi removido da pista. Todo o combustível foi retirado e a aeronave será transportada para João Pessoa.
Segundo o coronel, o piloto Nilton já tem mais de três mil horas de voo com o modelo de aeronave que se envolveu no acidente com o governador da Paraíba. A perícia foi concluída no mesmo sábado e deve ser emitido um relatório final em até um ano.
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