quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Gasto do INSS com aposentadoria e doenças ultrapassa R$ 4 bi em 2012

Transtornos psiquiátricos são a segunda principal causa de afastamento.
Depressão e ansiedade só perdem para lesões por esforço repetitivo.

Glória Vanique São Paulo

Transtornos mentais, como estresse e depressão, afastam do trabalho mais de 200 mil pessoas por ano no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os gastos com auxílio-doença e aposentadoria ultrapassaram R$ 4 bilhões em 2012.

O gasto do INSS com aposentadoria por invalidez aumentou mais de 50% desde 2009 - passou de R$ 1,6 bilhão para mais de R$ 2 bilhões em 2012. O número de auxílio doença concedido por transtornos mentais aumentou nos últimos três anos e passou de R$ 204 mil em 2010 para R$ 218 mil em 2012.


Dos transtornos psiquiátricos, a depressão e a ansiedade são a principal causa de afastamento do trabalho. São doenças tão sérias que a Associação Brasileira de Psiquiatria diz que elas estão em segundo lugar no ranking geral de+ afastamentos, perdendo só para lesões por esforço repetitivo.

“Preocupa porque o ideal seria se a gente não tivesse afastamento nenhum, mas isso decorre da própria atividade laboral e também do aperfeiçoamento dos instrumentos que nós dispomos para identificar essas doenças”, explica o presidente do INSS, Lindolfo Sales.

Para o psiquiatra Kalil Duailibi há muitas formas de prevenir as doenças, mas o primeiro passo é a identificação dos sintomas. Quantos antes, melhor. “A pessoa vai tendo essa falta de vontade, fica difícil de acordar pela manhã, o desempenho não é o mesmo, ela passa a ler e não lembrar do que leu e precisar ler várias vezes uma mesma situação”, alerta.

Se o governo e as empresas querem economizar, é preciso primeiro mudar a forma de planejar o trabalho. “Nós temos que crescer economicamente e ninguém é contra isso. Apenas achamos que tem que ocorrer concomitantemente o desenvolvimento econômico, social e cultural da população como um todo e não só de determinados segmentos, como ocorre”, opina Maria Maeno, pesquisadora e médica do trabalho.

O analista Gilvan Garcelan teve infarto aos 33 anos enquanto trabalhava. Ele ficou afastado por um mês e agora aproveita todos os momentos que pode. “A gente muda alimentação, estilo de vida, então descanso na hora do almoço, ando pela empresa”, conta.

A empresa onde ele trabalha desenvolve programas de computador e investe pesado na prevenção de doenças dos funcionários: tem áreas de lazer, ginástica laboral, lugar para tirar um cochilo quando der vontade, massagem e até psicóloga. Todo esse investimento é para diminuir o número de afastamentos.

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http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/01/gasto-do-inss-com-a...

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