Indicadores de melhoria contínua demonstram que estamos progredindo mais do que falhando menos.
A estratégia
para uma Gestão de Riscos conforme proposto pela OHSAS (Sistemas
Internacionais de Gerenciamento em SST) está resumida em um ciclo
contínuo no qual articulam-se várias fases, desde ações concretas, como o
planejamento, implementação e avaliação, até o último elo, a assim
chamada melhoria contínua. Esta melhoria contínua seria, digamos assim, o
elo final, imponderável e idealista do que seria de se esperar quando
implantamos o nosso Sistema de Gestão. Menos acidentes? Menos doenças?
Mais produtividade sem incidentes? Mais capacitação e eficiencia? Ou
mesmo, tudo junto?
O artigo
abaixo, de autoria de Shawn M Galloway, presidente da ProAct Safety,
empresa de excelencia nternacional em consultoria de segurança, traduzido
da OHS on line pelo Prof. Samuel Gueiros, apresenta 4 elementos-chave
para a execução de uma boa estratégia na Gestão de Riscos. Trata-se de
assunto importante para reflexão dos profissionais do SESMT, que estão
no dia a dia preocupados em implementar da melhor forma os Programas das
NRs, por exemplo, o PCMSO (NR-7), o PPRA (NR-9) e o PCMAT (NR-18). O
artigo foi publicado em 01/07/2012.
EXCELÊNCIA EM ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA:
OS 4 PONTOS DE FACILITAÇÃO
OS 4 PONTOS DE FACILITAÇÃO
Shawn M Galloway (OHSA on line)
O famoso boxeador Mike Tyson uma dia disse: “todo mundo tem um plano, até levar uma porrada na cara”.
O Exército Americano avisa: “toda estratégia é
um sucesso, até voce encontrar o inimigo, porque o inimigo não
participou da sua estratégia”.
Estratégias são importantes mas não tão
importantes como o processo de planejamento que leva a elas. Mais do que
isso, o processo de planejamento é vital, mas não tão significativo
quando a habilidade para trabalhar passo a passo com a estratégia.
Desenvolver e executar em cima de qualquer
estratégia é um desafio mesmo para o mais bem preparado. Tendo
trabalhado com alguns dos melhores consultores e estrategistas
corporativos, este autor chegou à conclusão de que a habilidade para
efetivamente trabalhar em cima de qualquer estratégia de excelência
requer o domínio de quatro elementos que serão discutidos neste artigo.
FLUXO DE INFORMAÇÃO SEM LIMITES
Quando uma organização implementa o processo
de comunicação tudo se torna possível. Algumas das crenças que obstruem o
fluxo da comunicação organizacional são: fofocas, detonar aqueles que
trazem as más notícias, proteger os empregados, proteger o patrão,
mentalidades do tipo “o que eles não souberem não vai afetá-los” , ou
“eu sei o que é melhor”. Entre o indivíduo que está no topo, até o mais
inferior na hierarquia organizacional, aqueles que ficam no meio,
geralmente não se dão conta de que a comunicação está passando através
deles e não para eles.
Limites, reais ou de qualquer outro tipo, que
possam esconder o fluxo de informações vitais precisam ser buscados e
neutralizados. Barreiras ou censura de informação destroem a habilidade
para alinhar esforços e estabelecer correções de curso proativas. Não
importa a direção, qual a percentagem de informação é censurada em sua
organização? E qual a percentagem de pessoas que agem como censores,
escondendo indicadores necessários para comunicar a efetivdade de um
plano?
DIREITOS DE DECISÃO
Frases como “qual é o meu papel nisto de
novo?” ou “será que ela não sabe qual é a responsabilidade dela?”
indicam que os papéis, responsabilidades e direitos de decisão não estão
claros. Peter Jacobs, autor de trabalhos sobre negócios, escreveu: “a
forma como a companhia decide quem está autorizado a tomar decisões pode
ter um profundo efeito nos seus negócios, ambos em termos de
efetividade diária e como influência no pessoal dos níveis mais básicos
da empresa”. Algumas organizações desenvolvem mapas de decisão para
ajudar a esclarecer os responsáveis por decisões específicas, pelas
idéias, por onde deve começar o fluxo de informação.
Direitos de decisão devem ser desenvolvidos e
depois delegados ou compartilhados assim como pequenas estratégias
podem ser implementadas sem a ajuda de outros. Mais do que isso,
estratégias que afetam a cultura de segurança não devem ficar
exclusivamente vinculadas a um departamento ou a um indivíduo.
Segurança, como um exemplo, sendo geralmente um valor fundamental nas
organizações, não pode ter uma estratégia de excelência desenvolvida sem
o envolvimento da equipe operacional. Entretanto, que tipo de
envolvimento e quais as decisões que eles são responsávais precisam
estar claros.
RESPONSABILIZAÇÃO PROATIVA
O desenvolvimento de direitos de decisão
seria um procedimento inefetivo sem uma responsabilização proativa.
Mesmo entre os melhores na indústria, poucas organizações gerenciam uma
avaliação de forma correta. “Resultados não foram alcançados. Quem vai
responder porisso?”. Essa expressão soa familiar? Consequencias para
uma performance negativa são necessárias e algumas vezes torna-se vital
para a habilidade dos líderes gerenciarem de forma efetiva.
Uma performance excelente será difícil e
raramente sustentável na melhor das hipóteses, se a responsabilização é
administrada ou gerenciada somente após o fato. Fundamentalmente,
existem dois lados para gerenciar performance, a proativa e a reativa. A
avaliação não é diferente. Avaliação proativa é definida como
“assegurar que as pessoas estão fazendo o que é necessário para se
conseguir resultados e responsabilizar de forma positiva ou negativa as
consequencias da performance, antes de se checar se os resultados foram
obtidos”. Como voce atribuiria uma nota sobre a sua habilidade de
desenvolver avaliações? Qual a percentagem de sua avaliação, entre
proativa e reativa?
VISIBILIDADE DE PROGRESSO
NA DIREÇÃO DO OBJETIVO
NA DIREÇÃO DO OBJETIVO
Mesmo estabelecendo qualquer estratégia, isto
irá rapidamente trazer desmotivação se não houver um constante
feedback, uma avaliação do progresso. Não se pode esperar que o processo
se complete apenas para saber se a direção estava correta. Considere os
dias em que voce trabalhou duro e estava em condições de ver o
progresso e sentir um senso de cumprimento de tarefas, comparado com os
dias onde voce gastou o mesmo esforço e voce sentiu que não chegou nem
perto. Um dos mais efetivos motivadores no trabalho é ver o progresso na
direção do objetivo. Como será que voce está tendo uma visibilidade
efetiva do progresso de sua estratégia na direção do seus objetivos
gerais?
Primeiro, considere: será que o seu objetivo
está lhe dizendo para falhar menos? Se sua estratégia está baseada em
menos acidentes, defeitos ou reclamações, esta é precisamente a mensagem
enviada. Redução de falhas como objetivo raramente cria um senso de
motivação sustentável. Indicadores de sucesso em objetivos e de
progresso que mostram um movimento na direção de uma melhora contínua,
sinaliza que nós estamos cada vez melhores, mais do que falhando menos.
Segundo, quais são os indicadores de
progresso e como esses indicatores estão sendo utilizados para
demonstrar avanços na direção do objetivo?
Quando um progresso visível é apropriadamente
comunicado, isto reforça que a informação está fluindo de forma livre
para ajudar as pessoas certas adotarem as decisões corretas e facilita
uma avaliação proativa.
Excelência consiste na habilidade de
multiplicar e sustentar o sucesso. Estratégias para atingir este
desejável resultado irão se tornar ilusórias, se o fluxo de informação
estiver ameaçado, quando as responsabilidades de decisão forem vagas, se
uma avaliação proativa inexistir, ou o impacto motivacional de
progresso visível estiver obscurecido. Sem esses facilitadores de
execução, a sorte será um fator mais importante do que você imagina.
Prof. Samuel Gueiros, Médico do Trabalho,
Coord NRFACIL
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