A expansão econômica e a crescente competitividade impulsionam o avanço da certificação em SST.
Buscando conquistar mercados e recrutar profissionais cada vez mais exigentes, as organizações brasileiras vêm demonstrando um comprometimento cada vez maior com a área de SST, elevando a busca pela homologação e a demanda das certificadoras que operam no país. Atualmente são 10 organismos que fornecem o certificado OHSAS 18001 e, de acordo com o levantamento do Anuário Brasileiro de Proteção, há pelo menos 748 empresas com certificados válidos até o momento, conforme mostra o quadro 1, Evolução da OHSAS 18001 no país.
Os trunfos das empresas certificadas na disputa com seus concorrentes aparecem fora e dentro da organização. Externamente, a relação com atuais e potenciais clientes é beneficiada pela melhoria da imagem da empresa, que, com a OHSAS 18001, demonstra um compromisso com o tema da Saúde e Segurança do Trabalho. Internamente, a operação da companhia é beneficiada por fatores como a redução dos afastamentos, dos acidentes de trabalho e da vulnerabilidade legal, o que traz uma melhora na produtividade, segundo Leonardo Soares Fernandes, gerente comercial Brasil da BVQI, a maior certificadora em operação no país.
Para Guiomar Abreu, auditora da certificadora DNV - que figura como a terceira maior do mercado nacional, junto com a FCAV -, ostentar uma certificação OHSAS 18001 é um sinal de valorização da melhoria contínua na empresa, além de demonstrar uma boa capacidade de planejamento. Trata-se de uma virtude necessária para a implantação adequada do conjunto de práticas exigidas para a obtenção do certificado, que requerem um bem articulado processo de comunicação com colaboradores e aprimoramento da infraestrutura.
Na prática, os requisitos para a obtenção da certificação se dividem em dois eixos, segundo Fernandes. O primeiro é a implantação do levantamento de Riscos e Perigos Ocupacionais, com a promoção de controles necessários para mitigar os que são significativos. O segundo é o atendimento de todos os requisitos legais envolvidos com a atividade da empresa, como as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. "O ponto mais forte da norma é a questão do atendimento aos requisitos legais de saúde e segurança e o plano estratégico da empresa para melhoria contínua e avaliação de incidentes", completa Guiomar, da DNV.
Buscando conquistar mercados e recrutar profissionais cada vez mais exigentes, as organizações brasileiras vêm demonstrando um comprometimento cada vez maior com a área de SST, elevando a busca pela homologação e a demanda das certificadoras que operam no país. Atualmente são 10 organismos que fornecem o certificado OHSAS 18001 e, de acordo com o levantamento do Anuário Brasileiro de Proteção, há pelo menos 748 empresas com certificados válidos até o momento, conforme mostra o quadro 1, Evolução da OHSAS 18001 no país.
Os trunfos das empresas certificadas na disputa com seus concorrentes aparecem fora e dentro da organização. Externamente, a relação com atuais e potenciais clientes é beneficiada pela melhoria da imagem da empresa, que, com a OHSAS 18001, demonstra um compromisso com o tema da Saúde e Segurança do Trabalho. Internamente, a operação da companhia é beneficiada por fatores como a redução dos afastamentos, dos acidentes de trabalho e da vulnerabilidade legal, o que traz uma melhora na produtividade, segundo Leonardo Soares Fernandes, gerente comercial Brasil da BVQI, a maior certificadora em operação no país.
Para Guiomar Abreu, auditora da certificadora DNV - que figura como a terceira maior do mercado nacional, junto com a FCAV -, ostentar uma certificação OHSAS 18001 é um sinal de valorização da melhoria contínua na empresa, além de demonstrar uma boa capacidade de planejamento. Trata-se de uma virtude necessária para a implantação adequada do conjunto de práticas exigidas para a obtenção do certificado, que requerem um bem articulado processo de comunicação com colaboradores e aprimoramento da infraestrutura.
Na prática, os requisitos para a obtenção da certificação se dividem em dois eixos, segundo Fernandes. O primeiro é a implantação do levantamento de Riscos e Perigos Ocupacionais, com a promoção de controles necessários para mitigar os que são significativos. O segundo é o atendimento de todos os requisitos legais envolvidos com a atividade da empresa, como as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. "O ponto mais forte da norma é a questão do atendimento aos requisitos legais de saúde e segurança e o plano estratégico da empresa para melhoria contínua e avaliação de incidentes", completa Guiomar, da DNV.
"Verificamos se a lei é atendida e se os riscos e perigos ocupacionais estão sob controle. Neste ponto, é avaliado se existem instruções de trabalho adequadas para este controle e se os trabalhadores estão devidamente treinados e aplicam os requisitos no dia a dia", completa Fernandes.
Comprometimento
A participação e o comprometimento dos trabalhadores são fundamentais para a conquista de uma certificação. A começar pelo próprio momento da auditoria, quando precisam mostrar se conhecem os riscos de sua atividade e se demonstram um comportamento seguro.
Já os empresários precisam estar engajados em prover os recursos financeiros, humanos e físicos necessários para a implantação e manutenção do sistema de saúde e segurança. "O empresário deve demonstrar comprometimento, provando que as questões de Saúde e Segurança Ocupacionais são importantes e estratégicas para seu negócio. Afinal, o comprometimento deve partir do maior nível hierárquico da organização e permear até o chão de fábrica", observa Fernandes.
Do presidente ao office boy, todos devem participar. Especialmente os profissionais prevencionistas, que devem conhecer, gerenciar e manter sob controle a legislação aplicável e os riscos relacionados ao trabalho. A partir desse domínio do cenário de SST em sua empresa, o profissional de saúde e segurança deve se colocar, na companhia, como um facilitador do processo de implantação das práticas necessárias para assegurar a certificação.
A concessão da OHSAS é feita a partir de uma auditoria de certificação. É essa avaliação que garante a homologação válida por três anos. A partir daí, a empresa deve passar por auditorias de manutenção, com intervalos semestrais ou anuais. No caso das organizações certificadas pela primeira vez, é recomendável que essas manutenções ocorram a cada seis meses. "Após três anos, a empresa deve passar por uma recertificação e, com isso, abrir mais um ciclo de três anos. E, assim, sucessivamente", explica Fernandes.
Feita para verificar a continuidade das ações de SST nas empresas certificadas, a sucessão de auditorias contribui para a evolução constante das práticas da organização, de acordo com Marina Prevedello, gerente do Processo de Gestão e Qualidade da Sodexo Puras. A empresa é resultado da união entre a Sodexo Soluções de Serviços On-site e a Puras, certificada há sete anos com OHSAS 18001.
Ela aponta como um dos principais benefícios para a empresa o fato de o processo de certificação oferecer uma metodologia a ser empregada no sistema de gestão de SST. Além disso, a OHSAS também traz um ganho de confiabilidade no mercado, indicando que a empresa segue padrões de excelência na administração da saúde e segurança de seus colaboradores. "É um sinal de que estamos seguindo a excelência do procedimento. O que há de melhor a se fazer, comparando com as empresas de classe mundial", afirma Marina.
Além de ajudar a formatar um sistema de boas práticas em SST, a certificação também colabora com o aprimoramento das rotinas de prevenção, principalmente a partir das repetidas auditorias. Em cada visita, os auditores apontam os aspectos que podem ser melhorados, indo além da verificação da mera manutenção de atividades. "A auditoria é como uma consultoria que nos permite a melhoria contínua", conta a executiva da Sodexo Puras.
Avanço
Apesar da maior atenção das empresas ao tema, a certificação em Saúde e Segurança Ocupacional ainda pode crescer mais, na avaliação de Fernandes. Isso porque muitas empresas ainda deixam a OHSAS 18001 como a última certificação a ser empregada. A ISO 9001 (referente à Qualidade) tende a ser a primeira e serve como alicerce das demais, seguida da ISO 14001 (referente ao impacto ambiental). "Existe um crescimento na procura de certificações OHSAS, mas este crescimento ainda é pequeno se comparado à ISO 9001", comenta o executivo da BVQI.
Essa equiparação às outras certificações como prioridade do meio empresarial está entre os principais desafios do mercado de certificação para os próximos anos. Outra tarefa de empresários e prevencionistas, na opinião de Fernandes, é a conciliação entre a garantia de resultado operacional dos negócios com a disponibilização dos recursos necessários para implantar as ações de SST.
Guiomar, da DNV, acrescenta que as certificadoras também precisam de uma simplificação na legislação na área de Saúde e Segurança do Trabalho, marcada por dúvidas e conflitos de competência.
Também é preciso, de acordo com Guiomar, uma maior compreensão de que as despesas com saúde e segurança são um investimento. Um gasto que, embora tenha impacto nos custos da operação, com o tempo, traz uma maior eficiência.
Guiomar também aponta que uma demanda importante para o setor seria a criação de um curso superior de Engenharia de Segurança do Trabalho, capaz de formar profissionais focados na área. "Os atuais engenheiros são profissionais qualificados por meio de uma especialização em engenharia de segurança", diz.
Além da necessidade de superar um conjunto de desafios, o futuro do setor de certificação também é marcado pela entrada no mercado de uma nova certificação criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas: a ABNT NBR 18.801. Trata-se de uma versão modificada da OHSAS 18001, com pequenas adaptações. "Mas sem modificações importantes no conteúdo normativo", na opinião de Guiomar. Válida a partir de 1º de dezembro, a nova norma deve figurar como uma opção para as empresas na hora de buscar uma certificação para os seus sistemas de gestão da Saúde e Segurança no Trabalho.
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