O Serviço
Social da Indústria (SESI) terá, a partir do próximo ano, um programa para
melhorar a segurança e a saúde no trabalho nos frigoríficos, um segmento da
economia que emprega 750 mil pessoas e exporta cerca de US$ 15 bilhões ao ano.
A
iniciativa foi apresentada no Seminário Nacional de Segurança e Saúde no
Trabalho do Setor Frigorífico, realizado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e pelo SESI nesta quarta-feira, 21 de novembro, em
Brasília.
De acordo
com Eduardo Arantes, analista de Negócios Sociais do SESI, há cerca de três
meses a entidade visitou frigoríficos de Santa Catarina, Mato Grosso e Goiás
para conhecer ambientes de trabalho e os processos produtivos do setor.
“Estamos conhecendo a situação das empresas para fechar uma proposta adequada
ao setor”, explica.
Segundo
Arantes, o programa de segurança e saúde no trabalho para o setor frigorífico
deve seguir os modelos de iniciativas semelhantes, já elaboradas pelo SESI,
para os segmentos da mineração e de construção. “O foco nesses três setores se
deve ao tamanho e à importância no mercado brasileiro”, destaca o analista do
SESI.
Para o
diretor técnico-científico da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel
Antonio Mendes, o programa deve beneficiar muitas empresas, sobretudo, de
pequeno e médio portes, que têm mais dificuldade de ter acesso a metodologias e
ferramentas de segurança e saúde no trabalho. “A questão ergonômica é a
principal para o setor. Empresas precisam treinar trabalhadores para ter
postura adequada, além de ensinar a segurar ferramentas de trabalho, como uma
faca, para evitar lesões”, exemplifica Mendes.
SEMINÁRIO – Além de representantes
empresariais, participaram do encontro promovido pela CNI e o SESI
representantes dos trabalhadores, Ministério do Trabalho e do Ministério
Público do Trabalho. Outro assunto debatido foi a regulamentação sobre
segurança e saúde no trabalho no setor frigorífico, que está na pauta de
reuniões entre governo, empresários e trabalhadores.
Conforme
o presidente do Conselho Temático de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre
Furlan, a norma, que deve entrar em vigor no próximo ano, é um avanço, pois é a
primeira construída em conjunto entre as três partes interessadas no assunto:
governo, empresários e trabalhadores. “Será uma norma adequada às diversas
realidades e com capacidade de ser cumprida”, diz Furlan.
A opinião
é compartilhada por Ricardo Gouvêa, coordenador da bancada patronal do Comitê
Tripartite de Saúde e Segurança do Trabalho, coordenado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Segundo ele, mesmo com pontos que elevem os custos das
empresas, a nova norma dá clareza sobre as obrigações das empresas. “Hoje
estamos com elevada insegurança, pois fiscais do trabalho interpretam a lei de
diversas formas”, destaca. “Com a regulamentação, teremos uma direção e como
nos adaptar.”
Fonte: Clovis Veloso de Queiroz Neto
Segurança e Saúde no Trabalho -
SST
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Indústria - CNI
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