quarta-feira, 2 de abril de 2025

“Elas no Trânsito”: juíza do trabalho Rafaela Benevides é homenageada pelo Detran-PB


Na solenidade, 31 mulheres que contribuem, direta ou indiretamente, para uma cultura de paz no trânsito, receberam certificados e medalhas alusivas ao projeto

A juíza do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) e cogestora regional do Programa Trabalho Seguro (PTS), Rafaela Queiroz de Sá e Benevides, foi uma das homenageadas pelo Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB) durante o evento “Elas no Trânsito”, ocorrido nesta segunda-feira (31) no Centro Cultural Ariano Suassuna, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).

O objetivo foi homenagear mulheres que contribuem, direta ou indiretamente, para uma cultura de paz no trânsito. O “Elas no Trânsito” faz parte de um projeto desenvolvido pelo Detran-PB e as demais instituições e entidades, com ações voltadas para as condutoras de veículos na Paraíba. Na ocasião, foram homenageadas 31 mulheres, uma para cada dia do mês de março, com certificados e medalhas alusivas ao projeto.

A homenagem à magistrada do TRT da Paraíba se deu pela participação ativa da gestora do Programa Trabalho Seguro na conscientização dos acidentes de trabalho envolvendo o trânsito. “Eu fiquei muito honrada quando recebi o convite para essa homenagem, não por uma questão pessoal, mas sim pelo trabalho que eu desempenho hoje como gestora do Programa Trabalho Seguro, que me leva a desenvolver essas parcerias com várias entidades, inclusive com o Detran, que está em processo para integrar nosso grupo interinstitucional de prevenção a acidentes de trabalho, o Getrin 13. Então, na verdade, isso é um reconhecimento para todas as mulheres que desempenham de alguma forma um papel, direta ou indiretamente, no sentido de melhorar o trânsito, de evitar acidentes, e o seu reconhecimento pelo papel que têm na sociedade de construir um mundo melhor e igual para as mulheres”, enfatizou.

“As mulheres que estão sendo homenageadas hoje aqui estão inseridas em um processo de transformação do trânsito na Paraíba, promovendo uma mudança de concepção. Essa cultura de paz precisa ser implementada no trânsito, não só do Brasil, mas do mundo todo. Hoje, a gente sabe que acidentes no trajeto entre a casa e o local de trabalho, em sinistros de trânsito, são acidentes de trabalho. Portanto, nada mais pertinente do que a conversa, o diálogo institucional entre o órgão de trânsito estadual e o Tribunal Regional do Trabalho. Na hora em que a juíza Rafaela, por meio do seu trabalho à frente do programa, amplia o diálogo para os sinistros de trânsito, ela está tendo uma visão diferente do fenômeno do acidente do trabalho e isso faz com que a gente possa efetivamente ter uma nova estratégia para promover essas transformações tão importantes”, ressaltou a diretora de Operações do Detran da Paraíba, Roberta Gouvea Neiva.

Por André Luiz Maia

Assessoria de Comunicação Social do TRT-PB 

Abertura oficial do Abril Verde Paraíba 2025

 
 Assista a live na íntegra

A abertura oficial do Abril Verde Paraíba foi realizada no auditório do Tribunal Pleno, no edifício-sede do TRT-13, no dia 1º de abril, às 15h. Durante o evento, houve uma exposição fotográfica chamada IN LOCO: Retratos do cotidiano de trabalhadores (as), organizada pelo CEREST de Campina Grande, com apoio do MPT-PB. Além disso, autoridades e membros do GETRIN fizeram discursos.

O Abril Verde marca o início de um mês de conscientização sobre a segurança e saúde dos trabalhadores. A iluminação do prédio do TRT-13 com luzes verdes após o evento simboliza a campanha. A mobilização tem como objetivo prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, destacando a importância da segurança no ambiente de trabalho. A campanha é coordenada pelo Programa Trabalho Seguro da Justiça do Trabalho e visa aumentar a compreensão dos direitos dos trabalhadores e a adoção de medidas de segurança no trabalho.

Os riscos psicossociais e o adicional de penosidade

Laercio Silva

Jornalista especializado em saúde e segurança no trabalho, ergonomia aplicada e higiene ocupacional.

No dia 1º de abril de 2025, os engenheiros Edvaldo Nunes, Johan Barbosa, Leandro Arruda e a engenheira Mariana Gurjão participaram de uma mesa redonda sobre os riscos psicossociais relacionados à penosidade no auditório do CREA em Campina Grande PB, às 19h00. Este foi o primeiro evento no Brasil a abordar esse tema, destacando a importância da discussão, é o pioneirismo dos profissionais da Paraíba.

Durante o evento, o engenheiro Leandro Arruda se destacou pela sua excelente coordenação e brilhantismo.

Em casos específicos, a jurisprudência tem sido utilizada para determinar a concessão de um adicional de 30% sobre o salário do trabalhador devido à penosidade. O adicional de penosidade está previsto na Constituição Federal, ao lado do adicional de insalubridade e periculosidade.

A penosidade psicossocial refere-se ao desgaste mental e emocional causado por condições de trabalho adversas, como assédio moral, sobrecarga de trabalho, falta de autonomia, ambiente hostil, falta de reconhecimento, insegurança no emprego e ritmo intenso de trabalho. As consequências podem ser estresse, ansiedade, depressão, burnout, problemas de sono, doenças cardiovasculares e musculoesqueléticas.

Para comprovar a relação entre as condições de trabalho e os problemas de saúde do trabalhador, é necessário apresentar laudos médicos, psicológicos, ergonômicos e de engenharia de segurança do trabalho. Essa relação é essencial para garantir os direitos do trabalhador, como afastamento do trabalho, indenização e aposentadoria por invalidez.

A legislação brasileira protege a saúde e segurança do trabalhador, incluindo a prevenção de riscos psicossociais. As normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho estabelecem diretrizes para a gestão de riscos psicossociais no ambiente de trabalho. A justiça do trabalho reconhece a penosidade psicossocial como causa de doenças ocupacionais, garantindo os direitos dos trabalhadores afetados.

O texto descreve parte da fala do professor Edvaldo Nunes.

 “Contratar pessoas que se encaixem na cultura da empresa e estejam preparadas para as demandas do cargo é fundamental para a adaptação no ambiente de trabalho. Além disso, é importante planejar e monitorar as condições de trabalho para garantir a segurança e o bem-estar dos funcionários. Identificar e corrigir aspectos como carga de trabalho excessiva, desvio de função e deficiência de procedimentos também são essenciais. A pressão por resultados pode afetar o ambiente de trabalho, por isso é importante motivar os funcionários de forma adequada. Condições ambientais inseguras, como poeira, falta de higiene e liderança ineficaz, podem causar problemas de saúde e afetar o desempenho dos trabalhadores. Portanto, é fundamental garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos.

O texto descreve apenas uma parte da fala do Engenheiro Johan Barbosa.

“Os funcionários acometidos costumam se afastar do trabalho por cerca de 90 dias, o que pode prejudicar a produtividade. O aumento do número de afastamentos das mulheres se deve à sobrecarga de trabalho, já que muitas delas têm jornada dupla ou até tripla. É importante cuidar da saúde mental dos trabalhadores, tanto no ambiente de trabalho quanto fora dele, pois o excesso de trabalho e o uso constante de dispositivos eletrônicos podem afetar a eficiência. A tecnologia pode ser útil para identificar os riscos sociais e adotar medidas preventivas. Garantir a saúde mental dos trabalhadores é essencial para evitar problemas na empresa e promover um ambiente de trabalho saudável. Além de se preocupar com as necessidades da organização, é fundamental considerar o bem-estar dos funcionários, incluindo alimentação e atividade física, pois a saúde mental vai além do sono e envolve uma recuperação completa. É preciso pensar na saúde mental tanto dentro quanto fora das empresas para evitar prejuízos financeiros.”

Participação de Fábio Fernandes, presidente da AEST PB - Associação de Engenharia de Segurança do Trabalho da Paraíba.


Registros fotográficos 



terça-feira, 1 de abril de 2025

Mês de muitas tragédias na Paraíba.

Por Laercio Silva

Jornalista especializado em saúde e segurança no trabalho, ergonomia aplicada e higiene ocupacional.

Utilizei-me do meme “Acaba o mês pelo amor de Deus!”

Em março de 2025, na Paraíba, aconteceram diversas tragédias causadas por condições de trabalho semelhantes à escravidão, falta de medidas de proteção para a segurança e saúde dos trabalhadores (as), resultando em acidentes graves e mortes.

É importante destacar que eu só compartilhei o que aconteceu na região metropolitana de João Pessoa, não divulgamos o que ocorreu no interior do Estado.

Em breve vamos realizar uma pesquisa e divulgar os ocorridos!

Confira as notícias que foram destaques no nosso blog.

Matérias e links de acessos

1 Operação resgatou 59 trabalhadores em condições semelhantes à escravidão em obras da construção civil em João Pessoa e Cabedelo, na Paraíba;

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/03/uma-semana-para-ser-esquecida-ou.html?m=1

2  Um jovem de 20 anos faleceu após ser soterrado enquanto trabalhava na retirada de areia, na Paraíba;

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/04/um-jovem-de-20-anos-faleceu-apos-ser.html?m=1

3  Homem tem barra de ferro cravada no rosto após acidente em obra em João Pessoa PB;

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/03/uma-semana-para-ser-esquecida-ou.html?m=1

4  Uma engenheira caiu do teto de uma academia;

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/03/uma-semana-para-ser-esquecida-ou.html?m=1

5 Idoso morre ao cair de telhado em João Pessoa PB;

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/03/idoso-morre-ao-cair-de-telhado-em-joao.html?m=1

6 Um homem faleceu após cair de um galpão no bairro Jardim Manguinhos, em Bayeux;

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/03/uma-semana-para-ser-esquecida-ou.html?m=1

7  Um trabalhador da construção civil ficou soterrado após um acidente em João Pessoa.

https://laerciojsilva.blogspot.com/2025/03/um-trabalhador-da-construcao-civil.html?m=1

Um jovem de 20 anos faleceu após ser soterrado enquanto trabalhava na retirada de areia, na Paraíba.

 

Um jovem de 20 anos morreu enquanto trabalhava na retirada de areia em Acaú, Pitimbu, na Paraíba. Edimário Araújo, estava sozinho no momento do acidente, quando uma barreira desmoronou e o soterrou. Ele vendia areia e foi encontrado sem vida no local. A perícia confirmou que a causa da morte foi asfixia devido ao soterramento. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica para os procedimentos legais.

Vídeos com reportagens

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