quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Encontro de Mulheres Engenheiras, Agrônomas, das geociências e Arquitetura, evento que promove Network entre as profissionais.

Connect woman enginner

Por Laercio Silva

TST/ Jornalista DRT 0003919

A noite de terça-feira (30) no Atlântico Praia Hotel a beira mar da praia de Tambaú em João Pessoa PB, com cerimonial da idealizadora do evento Engenheira Kátia Lemos Diniz, Presidente do SENGE-PB Sindicato dos Engenheiros, da APEAMB Associação Paraibana dos Engenheiros Ambientais, da AMEAG Associação de Mulheres Engenheiras, Agrônomas e Geólogas e responsável da organização da tradicional Pedalada Ambiental, Passeio Ciclístico em João Pessoa que encerra Campanha Abril Verde.

Foi uma noite de fortalecimento de laços de amizade e renovação de energias para enfrentamento dos desafios que se apresentam no mundo dos negócios, compartilhando suas histórias de sucesso e os desafios que enfrentaram com ideias inovadoras recebendo feedback das participantes, encanto e celebração de Mulheres Empreendedoras e Gestoras de Empresas num ambiente que estava repleto de energia contagiante, foi mais do que um salão festivo, um espaço de empoderamento, troca de experiências, reconhecimentos e é claro, boas companhias. Os sorrisos estampados nos rostos que iluminaram o local, reflexos não apenas de conquistas profissionais, mas também do calor humano que floresceu, reencontros de profissionais Engenheiras e Arquitetas com quase na sua totalidade detentoras de cursos de pós-graduação, conhecimentos aprofundados adquiridos durante os estudos, para empreender sobre gestão e administração ou seguir a carreira acadêmica.

Durante o evento uma brilhante palestra inspiradora sobre tema inventário de risco e Plano de Ação para atendimento do MTE  proferida pela Engenheira e Técnica de Segurança do Trabalho Elaine Cristina, coordenadora da câmara de engenharia e segurança do trabalho do CREA PB e aniversariante do dia, e logo após a palestra um celebrado jantar.

Evento na sua segunda edição. Esses encontros vão além da simples confraternização, são oportunidades de construir uma coletividade constituída de profissionais empreendedoras unidas por objetivos comuns, impulsionando o crescimento e a autonomia das mulheres no mundo dos negócios. 

Registros fotográficos e vídeos

 
   
   
   

Encontro de Mulheres Engenheiras, Agrônomas, das geociências e Arquitetura

 Encontro de Mulheres Engenheiras, Agrônomas, das geociências e Arquitetura, evento que promove Network entre as profissionais.

Grande oportunidade para fazer negócios.

Para se inscrever, Whatsapp 83 98832-8191 Engenheira Kátia Lemos, participa do evento de empreendedorismo e de um jantar, valor  R$  89,90.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Auditores-Fiscais do Trabalho de todo o Brasil reforçam mobilização da categoria com a entrega de cargos

Paraíba

Auditores-Fiscais do Trabalho da Paraíba entregam cargos de chefia

Na manhã desta quinta-feira, 18 de janeiro, os Auditores-Fiscais do Trabalho Mauro Luna e Carlos Emmanuel fizeram a entrega documentada de seus cargos de chefia, ao superintendente Regional do Trabalho na Paraíba (SRT-PB), Paulo Marcelo.

A entrega que aconteceu no gabinete do superintendente, faz parte da mobilização contra as más condições de trabalho dos Auditores-Fiscais e ao não cumprimento do acordo estabelecido em 2016, especialmente no que se refere à regulamentação do Bônus de Eficiência e Produtividade.

A delegada sindical do SINAIT na Paraíba, Tânia Tavares, explicou que, com a entrega das chefias e das coordenações de diversos projetos, atividades futuras da categoria sofrerão paralisação.

Também estão sendo entregues cargos de fiscalização do FGTS, combate ao trabalho infantil, inserção de aprendizes e pessoas com deficiência, combate a fraudes na jornada e no trabalho doméstico, entre outros. Das 22 coordenações do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo existentes no país, em 20 os Auditores-Fiscais do Trabalho entregaram seus cargos.

Por: Dâmares Vaz

Edição: Lourdes Marinho

Auditores-Fiscais do Trabalho de todo o Brasil reforçam a mobilização da categoria pelo fortalecimento do Ministério do Trabalho, pela ampliação dos serviços públicos ao trabalhador e pela valorização da Auditoria-Fiscal do Trabalho.

Em protesto contra as más condições de trabalho e contra o descaso do governo quanto ao cumprimento do acordo, pendente principalmente em razão da falta de regulamentação do Bônus de Eficiência e Produtividade, Auditores que exercem chefias e coordenações deram início à entrega de seus cargos.

“A reivindicação da categoria tem como objetivo, acima de tudo, garantir um cenário adequado para a atuação da Inspeção do Trabalho, o que, consequentemente, resultará num serviço de proteção efetivo ao trabalhador brasileiro”, afirma o presidente do Sindicato, Bob Machado.

O movimento tem-se intensificado ainda mais no setor de combate ao trabalho escravo – das 22 coordenações do projeto de enfrentamento à escravidão existentes no país, em 20 os Auditores-Fiscais do Trabalho entregaram seus cargos.

 

Também estão sendo entregues cargos nas áreas de combate ao trabalho infantil, fiscalização do FGTS, inserção de aprendizes e pessoas com deficiência, combate a fraudes na jornada, entre outras.

Conforme deliberação da categoria, somente será mantida a execução das seguintes atividades essenciais – fiscalização de denúncias sobre não pagamento e/ou atraso de salários e fiscalização de situações de risco grave e iminente.

Confira a situação nos estados e no Distrito Federal até o momento: 

Alagoas

Foram entregues, desde o dia 11 de janeiro, cargos de chefia e de coordenação nas áreas de fiscalização Aquaviária, Pessoas com Deficiência e Combate ao Trabalho Infantil.  

Amazonas

Na sexta-feira, 12 de janeiro, ocupantes de cargos de chefias e de coordenações entregaram suas funções.

Bahia

A entrega ocorreu dia 10 de janeiro, quando os Auditores-Fiscais foram ao gabinete da superintendente Regional do Trabalho na Bahia (SRT/BA), Fátima Freire, para fazer a entrega simbólica das chefias e coordenações.

Ceará

No dia 11 de janeiro, os Auditores fizeram a entrega coletiva dos cargos de chefia, substituições e coordenações ao superintendente Regional do Trabalho e Emprego do Ceará, Carlos Pimentel de Matos Júnior.

Espírito Santo

O Comando Local de Mobilização está fazendo gestões junto aos ocupantes de cargos em comissão, privativos de Auditores-Fiscais do Trabalho, bem como aos coordenadores de projeto, para a entrega dos cargos à Administração Central.

Goiás

Foram entregues cargos de chefias e coordenações nas áreas de fiscalização de Aprendizagem Profissional, Segurança e Saúde do Trabalho, Combate ao Trabalho Escravo, Construção Civil, Prevenção e Fiscalização do FGTS, entre outras.

Maranhão

A entrega de cargos ocorreu nas áreas de fiscalização da Construção Civil, Saúde e Segurança do Trabalhador, FGTS, Combate ao Trabalho Escravo, Prevenção de Acidentes de Trabalho e na Portuária e Aquaviária.

Minas Gerais

Os Auditores de Minas Gerais estão em estado de mobilização permanente com indicativos a serem encaminhados pelo Comando Local de Mobilização: entrega de cargos de chefia e coordenação, paralisação de atividades específicas, desencadeamento de atividades especiais e plantões de mobilização popular.

Dois grandes operativos que seriam realizados pelo grupo regional de fiscalização, um em serviços domésticos e outro na área rural, foram suspensos em razão da entrega dos cargos de coordenação e subcoordenação do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo.

Eles ainda aprovaram o dia 25 de janeiro como Dia de Luto e Luta, com realização de eventos na Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais.

Pará

No estado, a entrega foi feita nesta terça-feira, 16 de janeiro. A categoria informou que as ações de combate ao trabalho estão sendo prejudicadas em razão da omissão do governo.

Pernambuco

Nesta segunda-feira, 15 de janeiro, os Auditores-Fiscais do Trabalho do estado ocupantes de cargos de chefia e de coordenação realizaram a entrega formal de seus cargos à superintendente Regional do Trabalho, Suzi Rodrigues.

Piauí

Os Auditores definiram como data para entrega dos cargos de chefia e de coordenação o 28 de janeiro, Dia Nacional do Auditor-Fiscal do Trabalho e Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.

Rio de Janeiro

Nesta segunda-feira, 15 de janeiro, foram entregues os cargos das chefias de Legislação e Segur, de fiscalização do interior e de Gerências. Os Auditores ainda vão entregar os cargos de coordenação.

Rio Grande do Norte

Até a última semana, mais da metade dos ocupantes de chefias e de coordenações no estado haviam feito a entrega oficial de seus cargos.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, durante toda a última semana os Auditores e Auditoras ocupantes de chefias e coordenações oficializaram a entrega dos cargos pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI).

São Paulo

De acordo com a Delegacia Sindical, 20 dirigentes aderiram à entrega no estado até agora.

Sergipe

Até agora as entregas ocorreram nas áreas de Combate ao Trabalho Infantil, Aprendizagem Profissional, Combate ao Trabalho Escravo, Segurança e Saúde no Trabalho, Trabalho Doméstico e FGTS. 

Tocantins

A entrega ocorreu na quinta-feira, 11 de janeiro.

Combate ao trabalho escravo

Mesmo em número insuficiente - a carreira está com metade dos cargos vagos, com apenas 1.912 Auditores-Fiscais do Trabalho na ativa -, a fiscalização do trabalho tem feito imenso esforço para dar conta de atender as demandas da sociedade.

Em 2023, os Auditores-Fiscais do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego realizaram 598 ações de fiscalização de combate ao trabalho escravo contemporâneo, e resgataram 3.190 trabalhadores, o maior número de resgates registrados em um ano, nos últimos 14 anos.

Minas Gerais foi o estado que mais realizou ações de fiscalização em 2023, com 117 inspeções e 651 resgatados. Seguido por Goiás, com 84 ações e 739 pessoas resgatadas; São Paulo, com 63 ações e 392 resgatados; Rio Grande do Sul, com 44 ações e 334 resgatados, e pelo Pará, com 34 ações e 74 resgatados.

Os setores com maior número de resgates foram o de cultivo de café (302) e o de cultivo de cana-de-açúcar (258).

Vale já lucrou R$ 235 bilhões desde crime em Brumadinho; cinco anos depois, atingidos ainda cobram reparação

Rompimento de barragem da mineradora matou 272 pessoas e causou danos ambientais a 26 municípios de MG

Vinicius Konchinski

Gasto da empresa com reparação é perto de um décimo do que ela lucrou desde o rompimento - Foto: Flickr/ Mídia Ninja

Cinco anos após a Vale cometer o maior crime ambiental e trabalhista da história do país, a história do desastre pouco afeta o principal objetivo da companhia: gerar lucro. Desde janeiro de 2019, quando uma barragem da empresa em Brumadinho se rompeu causando a morte de 272 pessoas, a mineradora já ganhou quase 48 bilhões de dólares – cerca de R$ 235 bilhões na cotação atual da moeda dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, atingidos pelo desastre ainda reclamam das indenizações pelo caso.

O lucro acumulado em cinco anos já considera um prejuízo de 1,6 bilhão de dólares (cerca de R$ 8,2 bilhões hoje) registrados em 2019, ano da tragédia. Considera também um lucro de 22 bilhões de dólares (mais de R$ 110 bilhões atualmente) obtido em 2021, durante o auge da pandemia do coronavírus e que, até hoje, é o segundo maior ganho já registrado na história por uma empresa nacional.

Cinco anos do crime da Vale em Brumadinho terá ações em MG.

Os dados sobre os lucros foram informados pela própria Vale em divulgações de seus resultados financeiros. De acordo com os documentos, a empresa também já faturou mais de 204 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 1 trilhão) com suas atividades. Desembolsou também 17 bilhões (R$ 83 bilhões) com despesas relacionadas a Brumadinho. Esse valor, aliás, é bem superior ao que a empresa comprometeu-se a investir para reparar os danos causados pelo desastre: R$ 37,7 bilhões.

Lucro da Vale pós-Brumadinho

2019 - menos US$ 1,683 bilhão (prejuízo)

2020 - US$ 4,881 bilhões

2021 - US$ 22,445 bilhões

2022 - US$ 16,728 bilhões

2023 - US$ 5,565 bilhões (até setembro)

Total - US$ 47,936 bilhões

Despesas da Vale relacionadas a Brumadinho

2019 - US$ 7,402 bilhões

2020 - US$ 5,257 bilhões

2021 - US$ 2,576 bilhões

2022 - US$ 1,151 bilhões

2023 - US$ 0,687 bilhão (até setembro)

Total - US$ 17,703 bilhões

Procurada pelo Brasil de Fato, a Vale não detalhou como gastou os R$ 83 bilhões com Brumadinho. Esther Maria Guimarães, doutoranda em Economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), afirmou que o valor inclui impostos, investimentos em capital, despesas financeiras e até capital de giro. Isso, portanto, não está necessariamente relacionado à reparação de danos.

Sobre os R$ 37,7 bilhões prometidos no acordo firmado com o governo de Minas, Ministério Público e Defensoria Pública, a Vale informou que cerca de R$ 25 bilhões – aproximadamente 68% – já foram executados.

Brumadinho: Justiça de Minas corta em até 80% de indenizações

"Apesar da empresa dizer ter gasto mais de 60% do que prometeu, a gente até hoje segue com problemas básicos: muitas comunidades têm problemas em relação à água, tem comunidades tentando ser reassentadas, tem a questão da contaminação", afirmou Marina Paula Oliveira, atingida pelo rompimento da barragem da Vale e autora do livro O preço de um crime socioambiental (Editora Dialética, 2023).

Oliveira deixou Brumadinho após receber ameaças, difamações, constrangimentos e intimidações por suas críticas à Vale. Voltou no final de 2022. Segue, porém, desconfiando dos dados que a empresa apresenta sobre as suas ações relacionadas à tragédia.

"A gente não pode confiar em nenhum tipo de informação que a Vale fornece", afirmou. "Uma empresa que falsificou, que comprou um teste de estabilidade de uma barragem que já estava instável desde 2017. Como confiar nesse tipo de empresa?"

Crime compensa

Mauricio Weiss, economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ressaltou que o crime da Vale cometeu e mesmo o valor empregado pela empresa para repará-lo não afetaram sua saúde financeira e, principalmente, o retorno que ela dá a acionistas.

Ele explicou que isso tem a ver com a dinâmica como grandes mineradoras operam atualmente. Sua atividade – extrair ferro do meio ambiente – gera impacto ambiental inexoravelmente. A empresa só calcula se o custo desse impacto e o risco de sua atividade compensam pelos lucros que ela pode obter e a potencial alta de suas ações.

Em cinco anos, mineradoras podem ter sonegado R$ 35 bilhões.

No caso da tragédia de Brumadinho, o valor que a empresa gastou até agora para reparar os danos que ela causou é quase dez vezes menor do que ela lucrou. Levando em conta essa lógica, para a Vale, o crime compensou.

"A única forma de afetar essas empresas é através de multas bilionárias, impedir de atuar, punir os dirigentes, acionistas majoritários e o conselho administrativo", afirmou Weiss. "No caso da Vale, muito pouco foi feito. O mesmo no caso da Braskem, em Maceió."

Até hoje, nenhuma pessoa ligada à Vale foi responsabilizada pelas 272 mortes. O mesmo ocorreu no caso da Braskem, cuja atividade danificou 14 mil imóveis em Maceió.

Privatização da Vale, 25 anos: lucros e crimes cometidos evidenciam mau negócio para o país.

Weslley Cantelmo, economista e presidente do Instituto Economias e Planejamento, afirmou que a Vale fatura muito com sua operação na Serra dos Carajás, no Pará. Para seus acionistas, apesar do discurso público sobre sustentabilidade, isso é o que importa. "Por mais que se tenha uma perda de valor momentânea, a recuperação é rápida. A preocupação do acionista é com a perspectiva de ganho", disse.

No caso da Vale, explicou Cantelmo, a perspectiva de ganho é alta porque existe alta demanda pelo seu produto, o minério de ferro, principalmente vinda da China.

Em 2019, depois da tragédia, a ação da empresa baixou para cerca de R$ 45 na bolsa de valores de São Paulo, a B3. Em 2021, chegou a R$ 115. Hoje, vale cerca de R$ 70.

Relembre: Três anos após o crime da Vale, moradores e especialistas temem por novos rompimentos na região

Às nossas custas

Guilherme Camponez, da coordenação mineira do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), acrescentou que a Vale também é muito lucrativa pelos incentivos que o Estado brasileiro deu e ainda dá à companhia.

A Vale, primeiramente, extrai minério que pertence à nação usando tecnologia que ela desenvolveu parcialmente enquanto era uma empresa estatal – ela foi privatizada em 1997, durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Especial: 5 anos do crime da Vale em Mariana (MG).

Camponez disse que o Estado brasileiro cobra royalties irrisórios pelo minério extraídos; são isentas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para estimular suas exportações; e ainda é beneficiária de subsídios para sua conta de energia elétrica, que acabam sendo custeados por todos os outros consumidores.

O militante ressalta que tudo isso faz o negócio da empresa valer muito a pena, mas às custas da própria população. "O que mantém a lucratividade da Vale é o sangue dos atingidos, o suor dos seus trabalhadores, a negação da preservação do meio ambiente, o dinheiro do contribuinte", resumiu.

Questionada sobre sua lucratividade, a Vale não se pronunciou.

Edição: Nicolau Soares

Fonte https://www.brasildefatomg.com.br/2024/01/25/vale-ja-lucrou-r-235-bilhoes-desde-crime-em-brumadinho-cinco-anos-depois-atingidos-ainda-cobram-reparacao

 

Janeiro Branco: “Falar sobre saúde mental"

 

Janeiro Branco: “Falar sobre saúde mental precisa ser tão normal quanto falar sobre futebol ou novela”, defende psicólogo que criou a campanha

Leonardo Abrahão fez palestra no Fórum Maximiano Figueiredo nesta quarta (24)

Um espaço para falar, de forma franca e livre, sobre saúde mental e a necessidade de normalizar a sua discussão. Foi nisto que o auditório do Fórum Maximiano Figueiredo, em João Pessoa, se transformou nesta quarta-feira (24), quando servidores, magistrados, jovens aprendizes e terceirizados do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), bem como o público externo assistiram a palestra do psicólogo Leonardo Abrahão, criador da campanha e do Instituto Janeiro Branco.

O evento “Janeiro Branco 2024 – Saúde Mental enquanto há tempo” foi organizado de forma conjunta pela Secretaria de Gestão de Pessoas e Pagamento de Pessoal (Segepe), pela Coordenadoria de Saúde (CSaúde), pelos gestores do Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho e da Igualdade de Gênero, Raça e Diversidade do TRT-13 e pela Escola Judicial (Ejud). Além da palestra, o momento contou com relaxamento e ginástica laboral, promovido pela CSaúde.

Para o palestrante Leonardo Abrahão, que criou o “Janeiro Branco” depois de uma experiência pessoal na qual percebeu o quanto a saúde mental e a busca por ajuda são relegadas a um segundo plano pela sociedade, o grande objetivo da campanha é ampliar o debate acerca do tema. “Falar sobre saúde mental precisa ser tão normal quanto falar sobre futebol ou novela, porque isso é do humano. Somos prateleiras de sentimentos. Quando não falamos sobre nossos sentimentos e a cabeça não está legal, o corpo adoece, porque não sabemos o que fazer com a dor e o sofrimento”, afirmou.

O psicólogo salientou, também, que há uma preocupação com o conhecimento de temas mais objetivos e formais, mas que a subjetividade costuma ser ignorada. “Preferimos conhecer Marte, a profundidade dos oceanos ou os átomos, mas não sabemos nada sobre raiva, ciúmes, tristeza ou carinho. Não temos aula sobre isso na escola. Somos obrigados a viver com os sentimentos sem compreendê-los. Por isso, é urgente discutir a saúde mental para que o ser humano possa ser realmente múltiplo e respeitar as emoções”, enfatizou.

A servidora da Secretaria de Estado da Educação, Sílvia Moreira, conferiu a palestra do psicólogo e relatou que o tema da saúde mental está ganhando espaço nas escolas. “Muitas crianças já vêm de suas comunidades em situação de violência constante e, ao chegarem à escola, encontram professores e gestores desmotivados ou frustrados. Então, a falta de entendimento das questões emocionais causa um prejuízo enorme para toda a sociedade. É preciso discutir a temática com toda a comunidade escolar”, disse.

Saúde mental: cresce afastamento de trabalhadores

Dados do Ministério da Previdência Social mostram o quanto a saúde mental tem prejudicado trabalhadores em todo o país. Em 2023, foram concedidos mais de 288 mil afastamentos devido a transtornos mentais e de comportamentos no Brasil. O número representa um aumento de 38% em relação ao ano anterior.

“Tem sido cada vez mais comum o ajuizamento de ações na Justiça do Trabalho nas quais se alega assédio moral e adoecimento mental. Isso pode acontecer de diversas formas e atingir não só o empregado que está na ponta em uma relação de subordinação, mas também empregados em altos cargos. Aspectos como limitação da jornada de trabalho, desconexão com o trabalho e ambiente de trabalho saudável importam para a saúde mental”, destacou a juíza Rafaela Benevides, uma das gestoras regionais do Programa Trabalho Seguro, durante a mesa de abertura do evento.

Por sua vez, o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB), Rogério Sitônio Wanderley, destacou o quanto o adoecimento mental é reflexo do de como as relações de trabalho têm se dado nos últimos tempos. “Tivemos aumento do número de denúncias no MPT. Quase 30% delas estão relacionadas à saúde e segurança  do trabalho, onde está inserida  a saúde mental do trabalhador. O MPT não se limita mais a buscar nos Termos de Ajuste de Conduta e nas Ações Civis Públicas a obrigação de abster-se de praticar assédio, mas se preocupa com política preventiva, que deve ser instituída na empresa, com a implementação de ouvidoria que garanta o anonimato, celeridade na apuração e punição do culpado”, ressaltou.

Sobre a campanha

O Janeiro Branco é muito mais do que apenas um mês no calendário. É um movimento social com um propósito claro: construir uma cultura da Saúde Mental que abranja toda a humanidade. No início de cada ano, Janeiro se torna um portal para reflexões profundas. É quando as pessoas avaliam suas vidas, relacionamentos e objetivos. Por isso, é o período propício para discutir a saúde mental e pensar em estratégias focadas no bem-estar emocional.

 Celina Modesto

Assessoria de Comunicação Social TRT-13

domingo, 28 de janeiro de 2024

Comitê une patrões e empregados e reduz acidentes por choques elétricos na Construção Civil da Paraíba

CPR-PB O Comitê Permanente Regional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção da Paraíba, foi criado em 1996 e é composto por entidades distribuídas em quatro bancadas, envolvendo poder público, sindicatos de trabalhadores e empresários e apoio técnico.

CPR-PB reunido para debater estratégias de segurança em instalações elétricas na Construção Civil / Foto: Felipe Nunes

A segurança de trabalhadores da Construção Civil é uma das preocupações mais debatidas no âmbito da engenharia. O objetivo é aprimorar estratégias que eliminem riscos potenciais para esses profissionais em meio a um mercado em franca expansão. Na Paraíba, essa premissa não é diferente.

Muito embora haja um esforço contínuo para dirimir os problemas, situações precárias no ambiente de trabalho ainda existem e são responsáveis por centenas de mortes todos os anos no Brasil. Os acidentes por choques elétricos, por exemplo, são uma evidência de que é preciso avançar.

De acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica, a região Nordeste segue na liderança quando o assunto são acidentes por choques elétricos, com 206 acidentes fatais, isto é, com a morte das vítimas.

Embora o número represente uma leve redução em relação a 2021, quando foram registrados 242 óbitos, a marca ainda preocupa, principalmente quando são analisadas as possíveis causas desses acidentes, que podem estar ligadas diretamente à falta fiscalização no contexto da Construção Civil.

Em relação aos estados, a Bahia segue na liderança da região, com 60 acidentes resultando em mortes. Em seguida, aparecem Pernambuco e Paraíba (26), Piauí (24), Ceará (23), Alagoas (16), Maranhão (13), Rio Grande do Norte (13), e por último, Sergipe (5).

Causas

De acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), responsável pelo Anuário, uma hipótese para esse cenário na região Nordeste é a falta de fiscalização sobre a formação dos trabalhadores que atuam nas obras, uma responsabilidade dos conselhos responsáveis por vistoriar esses locais.

Outro ponto destacado é que, segundo a Associação, os acidentes internos nas edificações poderiam ser evitados, em sua maioria, pela execução de um sistema de aterramento e o uso de dispositivos de proteção à fuga de corrente, como o Dispositivo Diferencial Residual (DR). O equipamento é obrigatório no Brasil.

Mesmo com as recomendações, em alguns casos o que existe, na verdade, é um desleixo, o que pode ser fatal.

Paraíba na contramão do NE

Apesar de casos pontuais de mortes no âmbito da Construção Civil, sobre os quais a reportagem fala mais adiante, registros oficiais revelam que nos últimos anos houve uma redução notória e significativa em relação a mortes causadas por choques elétricos, em ambientes de construções e obras, na Paraíba.

De acordo com dados compartilhados pela Abracopel, embora o estado seja o terceiro em número de acidentes com choques elétricos na região Nordeste, dos 18 óbitos ocorridos entre janeiro e agosto de 2023, nenhum foi no contexto da construção civil.

Por outro lado, ao contrário da Paraíba, outros estados do Nordeste registraram casos fatais diretamente ligados à rede elétrica em Construção Civil, no mesmo período: 3 em Alagoas, 3 em Pernambuco, 3 em Piauí, 3 no Ceará, 2 no Maranhão, 5 na Bahia e 1 no Rio Grande do Norte.

O levantamento da Abracopel é corroborado por informações oficiais.

Dados da Secretaria de Saúde da Paraíba (SES), obtidos com exclusividade pelo Jornal da Paraíba, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), não registram mortes ocasionadas por acidente em ambiente de trabalho na Construção Civil no mesmo período aferido pela Abracopel.

Os dados oficiais mostram que a Paraíba registrou, de janeiro a setembro de 2023, 29 mortes por choques elétricos. A maior parte dos casos (11) ocorreu em residências, não havendo informação oficial sobre mortes em obras de construção civil. No quadro a seguir, é possível aferir os locais e as quantidades de óbitos ocasionados por choques elétricos.

Quadro: Quantidades de óbitos por local de ocorrências, de janeiro a setembro de 2023 / Fonte: SE-PB

Quadro: Quantidades de óbitos por local de ocorrências, de janeiro a setembro de 2023

Comitê é exemplo

Embora ainda preocupantes do ponto de vista geral, os números são animadores quando o recorte se dá sobre o contexto das instalações na Construção Civil na Paraíba. E isso tem uma explicação. Desde o ano de 1996, o estado conta com a atuação do Comitê Permanente Regional Sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho da Construção Civil da Paraíba (CRP-PB).

O Comitê une trabalhadores e patrões em torno de um só objetivo: a busca contínua por segurança no ambiente da Construção Civil, com obras mais seguras e saudáveis, através de ações pactuadas entre representantes do poder público, dos trabalhadores, dos empresários e entidades da sociedade civil.

O CPR-PB também foi referendado como fórum de discussão das cláusulas de segurança. É composto por entidades distribuídas em quatro bancadas, que envolvem poder público, trabalhadores, empresários e apoio técnico. Isso torna a atuação do CPR-PB ainda mais eficiente.

De acordo com o Ministério do Trabalho, que faz a fiscalização dos projetos de instalação elétrica na Construção Civil da Paraíba, antes da implementação do programa, 60% de mortes ocorridas no setor eram em decorrência do choque elétrico. Esse cenário negativo mudou com a atuação do Comitê.

De acordo com Ovídio Maribondo, atual presidente do CPR-PB, uma das iniciativas do grupo foi a implementação do Programa de Prevenção aos Acidentes Elétricos (PRAE), o que de acordo com ele foi crucial para a redução de mortes fatais no ambiente de trabalho. Uma das ações do programa é a solicitação de projetos elétricos em instalações provisórias de energia, nos canteiros das obras. Antes, esses projetos eram uma exceção.

Com essa mudança, você passa a ter uma responsabilização maior de todas as empresas na hora que vão fazer essa ligação provisória, pois antes, quando não era exigido ou solicitado esse projeto, essas empresas faziam gambiarra e acontecia um número grande de acidentes com óbito, disse Ovídio.

No ano de 2006, quando completou dez anos, o programa ganhou destaque em publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) como um exemplo de iniciativa na América Latina. Nos anos seguintes, essa atuação comprovou-se eficaz.

Os resultados dessa iniciativa são comemorados tanto pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil na Paraíba (Sintricom) quanto pelo Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado da Paraíba (Sinduscom) e pelo Ministério do Trabalho. Todos compõem o CPR-PB.

Embora a apresentação do projeto de instalação elétrica não seja mais uma “exigência” na hora da liberação de uma construção, como ocorreu até o ano de 2019 por atuação do CPR-PB, ela tornou-se uma praxe. E a ação pedagógica continua. A ideia é que haja um mínimo de planejamento e organização nesses locais.

Nós constatamos que as causas daquelas mortes eram a cultura da gambiarra, a cultura do improviso, ou seja, a ausência do projeto. Nós decidimos, então, intensificar a observação desse planejamento do projeto elétrico, disse Carlos Alberto Pontes, auditor do Ministério do Trabalho.

A reportagem do Jornal da Paraíba acompanhou de perto as instalações elétricas em uma obra considerada “segura” pelo CPR-PB. A edificação, situada no bairro do Geisel, na Zona Sul de João Pessoa, seguiu as principais recomendações feitas pelo grupo. 

É preciso avançar

Embora as conquistas sejam evidentes, é preciso avançar ainda mais, inclusive para alcançar outros contextos, como as instalações em obras menores ou em reformas mais simples, onde há falta de cuidados com as instalações.

Enquanto esta reportagem era escrita, apontando números animadores para a Paraíba, a Capital João Pessoa registrou um acidente por choque elétrico em uma obra de pequeno porte, no dia 02 de janeiro de 2024, e que vitimou um homem de 40 anos, identificado como José Lima de Oliveira.

Ele morreu após sofrer uma descarga elétrica e cair do primeiro andar enquanto trabalhava na reforma de uma casa, no bairro João Paulo II. De acordo com a TV Cabo Branco, a vítima do acidente estava trabalhando em uma laje, quando encostou em uma fiação externa, tomou uma descarga elétrica e caiu do primeiro andar, sem chances de sobrevivência.

Este acidente revela o quão necessário é um olhar cuidadoso sobre a segurança desses profissionais, inclusive em estruturas menores de construção, e a implementação de um trabalho pedagógico sobre os perigos do choque elétrico, voltado para a população em geral. Apesar dos avanços conquistados, nunca é tarde para falar sobre a necessidade de correção das instalações elétricas em qualquer ambiente.

De acordo com a Abracopel, os choques elétricos vitimaram, em 2022, 34 pedreiros ou ajudantes de pedreiros, 31 eletricistas e 20 pintores, em todo o país. Essas profissões estão ligadas diretamente à Construção Civil.

Cuidados essenciais

Em resposta a um questionamento do Jornal da Paraíba, o gerente de Operações da concessionária Energisa Paraíba, Felipe Costa, falou sobre os cuidados com a execução de obras próximas às redes de distribuição e reforçou as orientações que a empresa compartilha com seus consumidores quando o assunto é o manuseio de instalações.

Entre esses cuidados, deve-se observar a distância mínima entre as redes de baixa e de alta tensão nas construções e o cumprimento à risca das condições descritas nos projetos elétricos das construções. O projeto orienta desde pontos sobre a localização da instalação até a qualidade dos fios utilizados e os dispositivos de segurança necessários. 

Para o professor do Centro de Energias Renováveis da Universidade Federal da Paraíba, Euller Macedo, a mudança completa desse paradigma passa por uma conscientização sobre a necessidade de haver segurança operacional no canteiro de obras. De acordo com ele, a utilização de Equipamentos de Proteção Individual não deve ser negligenciada.

“Também se faz necessário haver uma qualificação dos trabalhadores desses locais, porque há uma norma que obriga que trabalhadores que tenham contato com eletricidade passem por uma capacitação, de modo que os riscos sejam minimizados”, lembrou Macedo.

Fonte

https://jornaldaparaiba.com.br/meio-ambiente/comite-paraiba

Vídeos 

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Coveiro morre dentro de cemitério em Carpina PE


Um coveiro morreu enquanto trabalhava no cemitério Campo da Saudade, no bairro Santo Antônio, no município de Carpina, na Mata Norte de Pernambuco. O homem estava cavando uma cova quando caiu e bateu com a cabeça. O caso foi registrado nesta quinta-feira (25).

De acordo com informações extraoficiais, o trabalhador se chamava Edvaldo Pereira da Silva. Um efetivo da Polícia Militar foi acionado por um funcionário da Prefeitura de Carpina para atuar na ocorrência, mas ao chegar no local, a vítima já estava morta. Segundo a PM, o coveiro teve uma crise convulsiva.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi solicitado e o corpo do coveiro foi levado para o Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

O caso foi registrado, na 45ª Delegacia de Polícia, localizada em Carpina, como “morte a esclarecer”. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Mini curso presencial: Assistência de perícia em insalubridade, periculosidade e acidente de trabalho

Em João Pessoa e Guarabira PB


Facilitador Professor Edvaldo Nunes

Auditores-Fiscais do Trabalho da Paraíba participaram do ato pelo Dia Nacional de Luta pela Valorização da Inspeção do Trabalho

Por Laercio Silva

TST/ Jornalista DRT 0003919

Dia de luta pala valorização da inspeção do trabalho, construído pelo SINAIT, organização sindical que representa os Auditores-Fiscais do Trabalho em todo país, marco que simboliza um evento importante na Paraíba PB com as participações de mais de dez sindicatos. Entre eles estavam, o sindicatos dos engenheiros da Paraíba, sindicato e associação dos técnicos em segurança do trabalho, associação paraibana dos engenheiros ambientais, sindicato dos bancários, dos jornalistas, dos empregados domésticos, correios, do comércio associação dos engenheiros de segurança do trabalho da Paraíba, associação de mulheres da engenharia, agronomia e das geociências da Paraíba a CUT, Auditores Fiscais, entre outros representantes de categorias profissionais, entidades integradas nas ações de mobilização pela valorização dos Auditores-Fiscais do Trabalho, e o cumprimento do acordo firmado com o Governo Federal em 2016 que trata da regulamentação do Bônus de Eficiência, bem como o movimento busca o fortalecimento do Ministério do Trabalho, melhores das condições laborais para a categoria, estrutura, viaturas, equipamentos que reflete diretamente na atuação em defesa dos trabalhadores e também no atendimento à sociedade.

Para Sebastião José dos Santos, presidente da CUT PB a mobilização é por uma causa justa. “É um direito legítimo dos trabalhadores lutarem por melhorias no ambiente de trabalho e melhorias salariais. A Auditoria-Fiscal do Trabalho é importante nas relações sociais e prestam um papel importantíssimo, relevante para a sociedade, como, por exemplo, quando resgatam labutadores em trabalhos forçados ou em jornadas exaustivas análogas escravidão”.

A nível nacional

Um fato histórico, Auditores-Fiscais em todo Brasil que ocupam cargos de chefia ou coordenação pediram dispensa e entregaram suas funções aos Superintendentes Regionais em forte demonstração de indignação.

Ainda dentro da programação da mobilização, Auditores-Fiscais em todo o país, realizaram as nesta terça-feira, 23 de janeiro, uma grande paralisação de suas atividades e reuniram-se em frente às sedes das Superintendências Regionais do Trabalho para demonstrarem a insatisfação em relação ao descaso com que o governo vem tratando a carreira.

Esse descaso já atingiu a marca de mais de sete anos de atraso na regulamentação do bônus. Desconsideração que foi selado com a publicação do decreto para os Auditores-Fiscais da Receita. 

Carta missiva publicizada pela diretoria da Delegacia Sindical PB

Dia Nacional de Luta Pela Valorização da Inspeção do Trabalho

Hoje, é o Dia Nacional de Luta Pela Valorização da Inspeção do Trabalho. É preciso lembrar que a Inspeção do Trabalho é o órgão que reúne a categoria de Auditores-Fiscais do Trabalho, profissionais com expertise que atua no combate ao trabalho escravo e infantil, arrecadação do FGTS, inserção de jovens no mercado de trabalho seguro e protegido, entre outras ações sociais em prol da sociedade brasileira.

É preciso lembrar ainda que a Inspeção do Trabalho, em 2019, perdeu o status de secretaria e virou subsecretaria. O Ministério do Trabalho foi extinto e recriado em 2023. Foram ações que desconstruíram e fragilizaram ações de resgate e várias políticas públicas desenvolvidas pela Inspeção do Trabalho, consequentemente, pelos Auditores-Fiscais do Trabalho.

Neste sentido, o SINAIT, órgão sindical que representa os Auditores-Fiscais do Trabalho, que há 35 anos luta pela categoria, mais uma vez, toma a frente em defesa dos colegas e do Ministério do Trabalho e Emprego buscando fortalecer os Auditores e o órgão gestor.

Para que isso ocorra, cobra do Poder Executivo o cumprimento do Acordo firmado em 2016, com o SINAIT e com os Auditores-Fiscais do Trabalho, que é a regulamentação do Bônus de Eficiência e de Produtividade.

Regulamentação que foi autorizada para outras carreiras tributárias, que estão na mesma lei da Auditoria Fiscal do Trabalho, que acabou por ser desrespeitada.  

Em razão disso, os Auditores-Fiscais do Trabalho unidos estão mobilizados pelo país para exigir o cumprimento do acordo, pedir o fortalecimento do Ministério do Trabalho e da categoria que age em prol da sociedade brasileira.

Além disso, denunciar o número reduzido dos Auditores-Fiscais do Trabalho, que hoje atua com cerca de 50% do seu efetivo, as péssimas condições de trabalho nas superintendências e gerências e o sucateamento das sedes.

O movimento a fim de valorizar e proteger a Inspeção do Trabalho e o Ministério do Trabalho busca na realidade uma ação conjunta para fortalecer as políticas públicas gestadas e desenvolvidas para a sociedade.

A mobilização pela regulamentação do bônus em todo país, visa mostrar ao Poder Executivo e à sociedade que a Auditoria Fiscal do Trabalho precisa ser valorizada. Afinal, ela é parte integrante que desenvolve várias políticas sociais em prol do Estado e do Brasil.

Viva o Auditor-Fiscal do Trabalho!

Registro fotográfico e vídeos da mobilização na Paraíba












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