Por: Laercio Silva
É de fundamental
importância para as ações de proteção à saúde e de prevenção de acidentes nas
empresas os profissionais do SESMT e das Comissões Internas de Prevenção de
Acidentes (CIPAs) que ainda sofrem com a falta de uma cultura prevencionista.
Uma marca brasileira registrada na prevenção de acidentes do trabalho é a falta de planejamento nas empresas. Infelizmente não se trata de um privilegio apenas de nossa área. Nossa cultura para o trabalho desde muito vem baseada na importância de apenas fazer produção que cria entraves para as atividades dos profissionais da saúde e segurança.
Vem
sendo confiadas culturas de modificações para implantar em muitas empresas a prática
da mudança e investimentos em treinamentos, aprimoramento da visão dos
administradores sobre a importância da otimização dos afazeres dos serviços
especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho nas
questões de saúde e segurança nas organizações.
Em alguns
casos os empresários esquecem de que é preciso mudar alguns hábitos e forma de
agir de algumas pessoas chaves na instituição, a atuação falha no agir acaba
fazendo com que todas as áreas gastem muito dinheiro para fazer coisas
que se bem planejadas seriam feitas com menos tempo, menos recursos, menos
acidentes e conseqüentemente gerando menos problemas.
Os
números indicam que mais da metade dos profissionais de segurança que estão ligados a
empresas afirmam que não são reconhecidas a importância da prevenção e acabam
contratando prevencionistas apenas por força da lei. Enfrentam o problema de desvios de função que muitas vezes revoga
retardando o investimento para corrigir as falhas apontadas pelo setor de
segurança refletindo negativamente na prevenção
de acidentes.
O problema incide
principalmente nos recém-formados, que, por falta de experiência, acabam se
sujeitando a modificações em suas atribuições no trabalho. Nesse caso, a forma
mais comum de desvio é a colocação do técnico, na prática, como auxiliar de escritório,
atuando, por exemplo, no controle da entrega de vale transporte, cestas
básicas, no monitoramento de ponto e outros.
Os médicos do trabalho e engenheiros de segurança do trabalho também sofrem com o desvio. Mais precisamente, com o acúmulo de funções. Em alguns casos, médicos acabam também desempenhando atividades de medicina clínica, assim como os engenheiros de segurança se tornam responsáveis pela Segurança Patrimonial e gerente de produção.
Os médicos do trabalho e engenheiros de segurança do trabalho também sofrem com o desvio. Mais precisamente, com o acúmulo de funções. Em alguns casos, médicos acabam também desempenhando atividades de medicina clínica, assim como os engenheiros de segurança se tornam responsáveis pela Segurança Patrimonial e gerente de produção.
A reversão desse
quadro depende de uma mudança na consciência dos empresários que tem argumento
de que a fiscalizações do Ministério do Trabalho dificilmente conseguiriam
detectar esses casos e dos profissionais que acabam se acomodando agregando
funções em troca de salário.
Muitos não vêem que a
identificação de um problema no presente, representa uma economia para o
futuro. A correção custa muitas vezes mais do que a prevenção.
Mudança de paradigma,
maior valorização das ações implantadas, promovendo competições saudáveis entre
os setores de forma a despertar a visão de que a eliminação dos riscos e a
promoção de um ambiente saudável são boas para todos, empresas e trabalhadores.
A “conscientização”
só vem com o tempo quando o empresário que deixou de fazer prevenção tem de
arcar com indenizações e ações regressivas por acidentes de trabalho.
Acredito em uma maior
compreensão dos empresários sobre a importância da prevenção no futuro para a
sobrevivência das organizações uma vez que, para ele, a atenção à saúde e à
segurança tende a se tornar um elemento essencial para empresa suportar custos
de passivos trabalhistas, ambientais e até de impactos negativos sobre sua
marca e sobrevivência na competição de mercado.
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