Em comemoração ao Dia
Nacional da Poesia a Biblioteca Poetisa Alice de Toledo apresenta a III Mostra
de Poesia: “Lado a Lado com Alice”.
Local: No pavimento térreo
da SRTE/PB Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Paraíba.
Horário: 9h00 às 17h00.
Semana em que se comemora o
Dia (14) Nacional da Poesia a Biblioteca Poetisa Alice de Toledo sobre a
coordenação da Gestora Jovirene Pereira, conjuntamente com a Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego na Paraíba (SRTE/PB), realizam no período de 14
a 18 de março 2016 atividades alusivas com a participação de servidores e usuários
do sistema MTE.
Oficialmente instituída
através da Portaria Interna nº 07, publicada no dia 08 de março de 2010, a
Biblioteca é aberta ao público. O acervo é constituído de documentação
trabalhista necessária ao desempenho dos auditores fiscais, servidores
administrativos e demais usuários.
"A missão principal da
Biblioteca é desenvolver e colocar à disposição da comunidade e dos servidores
um acervo bibliográfico que atenda às necessidades de informação para as
atividades de trabalho e pesquisa e incentivo à leitura, dentro da ética e do
respeito", ressalta a gestora da Biblioteca e servidora da SRTE/PB,
Jovirene Pereira.
A manhã literária a SRTE-PB transformou-se
em um palco para recitar poemas na apresentação do Poeta natural de João
Pessoa-PB, João Mauricio dos Santos, graduado em Letras pela Universidade
Federal da Paraíba, desde cedo, encontra no universo da autopoiesis uma maneira
lúdica de criar e brincar com as palavras. Sua poesia envereda pelos aspectos
interiores do ser, em busca de si mesmo e mergulha no inconsciente das questões
insondáveis acerca da existência humana. Nos poemas citados e apresentados na
Mostra de Poesia “Lado a Lado com Alice”: “Vida e Morte” e “O Tempo Para Uma
Flor”, o Eu lírico aponta, no primeiro, a morte como uma sedutora bailarina que
trava um diálogo com a vida mostrando-lhe com encantamento, o único caminho
para libertação, o êxtase da passagem... Já no segundo poema, uma metáfora da
condição humana, que ao invés de se desesperar perante as adversidades da vida,
deve seguir o exemplo da flor na natureza, que vê a vida dentro de uma
perspectiva do tempo, para amar...
Jovirene Pereira, abertura do evento |
O Tempo Para Uma Flor
E na flor do caminho,
O que ontem era dor,
Viu o tempo com carinho,
Nesse pranto o amor...
E na ponta desse espinho,
Que nos leva a despenhar,
Vem e pousa um passarinho,
Com um sorriso no olhar...
O que é o tempo,
Na perspectiva de uma flor?!
Vida e
Morte: a outra face da moeda
Caminhavam as viajantes,
Numa mesma direção,
Uma ávida no semblante,
Outra inteira comunhão...
Com pertences de cigana
E o fogo para o altar,
Trazia a vida em sua gana,
A vontade de amar...
Já a Morte em suas vestes,
Sobre um manto colorido,
Um perfume de campestre,
Um cheiro envelhecido,
De repente se encontram
Aos pés do Jequitibá,
E começam como contam,
Um diálogo de encantar...
De início pergunta a Morte:
“O que vens em mim buscar,
Que procuras em tua sorte,
Qual mistério encontrar?”
“Eu procuro o absoluto,
Ao todo me abraçar,
A conexão perdida”
Responde a Vida, sem pensar...
Mas Morte inebriante,
Desejando alucinar,
Aponta para o alto do semblante,
Uma ave que ali está...
“Vês ali aquele pássaro,
Sibre o cume do Jequitibá,
Hoje à noite o cobrirei,
E ele a mim atravessará,”
E a Vida a viajante,
Disfarçada a emoção,
Contraída no semblante,
Faz inteira alusão...
“Hoje sigo o meu caminho,
Vejo graça no pomar,
Percorro inteira sobre o vinho,
Orquestrando esse lugar”,
Mas a Morte a dançarina,
Sob os passos a girar,
No compasso da mais fina,
Leva a Vida a dançar...
E com leve inclinação,
Sua voz atenuar,
Mostra a Vida a ilusão,
Que precisa para amar...
“olhe e veja esse exemplo,
Da libélula ao agir,
Que de larva num momento,
Cria asas ao partir...”
E a Vida escuta isso,
Sob a dança do olhar,
Mostra um breve sorriso,
E segue o tango com seu par...
Suave seguem os bailarinos,
Sob a música a compassar,
Dois por quatro ouve os sinos,
Em redor do Jequitibá...
Num dos passos a Vida vira
Suas costas sob o chão,
E a Morte em sua mira,
Apara a Vida com a mão...
E com leve inclinação,
Sob o rosto da donzela,
E suave compaixão,
Diz: “Atravessa...”
Estiveram presentes o Superintendente
Regional do Trabalho e Emprego-PB Abílio Sérgio, destacou que “a leitura é formadora de
caráter, é necessário adotar atividades interativas que estimulem a
participação de todos”, Produtor Cultural Antonino Pinguim, e o Professor Laercio Silva
Administrador do Blog do Laercio Silva.
Abílio Sérgio, Antonino Pinguim e Laercio Silva |
João Maurício – Tempo para
Flor;
Alice de Toledo – Manhã de
Verão;
Cecília Meireles – Motivo;
Políbio Alves - Os objetos Indomáveis;
Michel Costa – Quiça;
João Pedro Luiza – Digo e
não Disfarço;
Sander Lee – Sonho.
Visitando Murais |
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