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mais espaços de comando ocupados por mulheres no sistema de justiça. Essa foi a
tônica do debate realizado pela Amatra 13 na manhã dessa sexta-feira, 15, no
Fórum Maximiano de Figueiredo. O diálogo sobre “Ser mulher: o desafio da
inclusão social” reuniu mulheres juristas e de outras profissões, como também
alguns homens advogados e juízes para um debate sobre as dificuldades que as
mulheres enfrentam no acúmulo de responsabilidades. É a chamada “carga mental”,
enfatizada na palestra da juíza do Trabalho Daniela Lustoza Chaves, do Rio
Grande do Norte.
O
encontro foi aberto pelo presidente da Amatra 13, Marcelo Carniato, e conduzido
pelas juízas Daniela Lustoza e Nayara Queiroz Mota de Sousa (mediadora e
vice-presidente da entidade), além da procuradora do Trabalho Andressa Lucena
Ribeiro Coutinho.
“Há
três etapas para que esses espaços sejam conquistados: despertar, compreender e
agir. Primeiro é preciso despertar para esse problema; depois, compreender que
todos formos forjados nua sociedade patriarcal e é preciso entender as
dificuldades dos homens em enxergar que existe um problema a ser enfrentado.
Por último, é preciso agir, é preciso que façamos uma ação política no sentido
da ocupação desses espaços”, comentou a juíza.
A
procuradora Andressa Coutinho falou da necessidade de sororidade para apoiar as
mulheres em suas várias dificuldades e despertar nelas a conscientização da
necessidade de busca pela igualdade na sociedade.
Seguiu-se
um intenso debate com várias participantes, entre elas a promotora de Justiça
da Defesa da Mulher, Rosane Araújo; a juíza Lílian Leal, da comissão Amatra
Mulheres e diretora de Direitos Humanos da entidade; a advogada Francisca
Leite, da Rede de Mulheres Advogadas pela Sororidade (OAB); a coordenadora
nacional e estadual dos Quilombolas Rurais, Geilza Paixão, entre outros.
Ao
abrir o debate, o presidente da Amatra explicou que a atuação da entidade neste
mês das mulheres está sendo muito mais política do que festiva. “Inclusive
nossas diretoras estão empenhadas em levar sugestões ao TRT para que possamos
chegar a uma igualdade de oportunidades”, disse, acrescentando que a Amatra 13
está empenhada na implementação da resolução do CNJ que incentiva a
participação das mulheres nas instituições do Poder Judiciário.
O
diretor do Fórum Trabalhista, Paulo Henrique Tavares da Silva, reconheceu que
já houve importantes avanços na participação da mulher no mercado de trabalho e
na magistratura, embora ainda haja muito a ser conquistado. Ele lamentou que
ainda persistam a intolerância, a misoginia e a violência contra as mulheres.
Entre
os vários participantes, esteve presente, ainda, o filósofo italiano Alberto
Baal, integrante da Associação de Apoio aos Assentamentos e Comunidades
Afrodescendentes, onde coordena vários projetos que desenvolvem atividades
culturais com crianças, adolescentes e jovens das comunidades quilombolas.
Carniato
destacou, ainda, a parceria com a São Braz, que forneceu café com biscoitos
para os participantes do evento.
Registro fotográfico
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