sábado, 6 de julho de 2013

Kit ajuda a identificar vítimas em acidentes

Grupo desenvolveu ferramenta para identificação genética humana específico para populações com alto grau de miscigenação.
DNA: identificação genética de está baseada na combinação de diversos marcadores. No caso do Brasil, a população apresenta alta taxa de miscigenação, o que torna a caracterização mais difícil.
São Paulo – Desastres naturais com grande número de mortos, acidentes aéreos ou ataques terroristas desafiam os profissionais de Medicina Forense. Esses e outros são exemplos em que a identificação rápida e correta das vítimas de acidentes é muito difícil.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara, desenvolveu uma tecnologia para identificação genética humana.
Com pedido de patente depositado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN), o kit é específico para indivíduos pertencentes a populações com alto grau de miscigenação (alta variabilidade genética).
Segundo a AUIN, a identificação genética de um indivíduo está baseada na combinação de diversos marcadores que são herdados de seus progenitores. No caso do Brasil, a população apresenta alta taxa de miscigenação, o que torna sua caracterização genotípica ainda mais difícil.
A demora na identificação das vítimas é um importante problema de saúde pública, em consequência do grande número de casualidades. A identificação genética é fundamental não apenas para o reconhecimento das vítimas por seus familiares, mas também para investigações criminais e processos judiciais.
A tecnologia desenvolvida na Unesp apresenta alta sensibilidade, utilizando apenas 10 picogramas (trilionésimos de grama) de DNA, o que permite a identificação de amostras degradadas ou com pequena quantidade de material genético como, por exemplo, fragmentos de cabelo sem raiz ou amostras parcialmente carbonizadas. A tecnologia também apresenta alta especificidade visto que utiliza 42 marcadores para identificação enquanto testes similares utilizam apenas 16 marcadores.
O desempenho do kit foi validado em 160 amostras de sangue da população brasileira. O pedido de patente da tecnologia foi depositado pela Agência Unesp de Inovação (AUIN).
O desenvolvimento é resultado do trabalho dos pesquisadores Regina Maria Barretto Cicarelli, Greiciane Gaburro Paneto, Heidi Pfeiffer e Stephan Köhnemann.
Mais informações:
http://unesp.technologypublisher.com/technology/10809 
Fonte: EXAME.COM

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