O
Congresso dos Estados Unidos está investigando a responsabilidade da General
Motors por acidentes que provocaram pelo menos 12 mortes. O problema com a
ignição de milhões de carros foi detectado em 2004.
Depois
de um silêncio de dez anos, o pedido de desculpas: "Não sei por que levou
tanto tempo para um defeito ser anunciado, mas vamos descobrir", disse
Mary Barra, presidente mundial da General Motors.
No
Congresso americano, ela deu explicações sobre a demora da montadora em chamar
os proprietários de 2,6 milhões de veículos para fazer os reparos necessários
no miolo da ignição.
A
falha pode causar o desligamento do carro em movimento e foi apontada como o
motivo para pelo menos 12 acidentes fatais nos Estados Unidos.
Os
engenheiros da GM já sabiam do problema desde 2004. Entre as vítimas, Ben
Gordon, morto há quatro anos. Em fevereiro, os pais receberam uma carta da
montadora para o recall do carro. Tarde demais.
Esse
escândalo é um duro golpe para a empresa que, em 2009, teve que declarar
falência e recorrer a empréstimo do governo para se reerguer. No mês passado, outra montadora, a Toyota,
foi multada num valor equivalente a quase R$ 3 bilhões por esconder dos
consumidores que milhares de veículos da companhia estavam com uma falha no
sistema de aceleração.
Neste
ano, a GM anunciou o recall de mais de seis milhões de veículos por diversos
motivos. Nenhum modelo é vendido no Brasil.
O
último anúncio aconteceu nesta segunda-feira (31). Os reparos devem custar
cerca de US$ 750 milhões para a empresa.
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