segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Alexandre Garcia comenta o aumento do número de acidentes com motos.

"Para a maioria dos condutores a moto é meio de vida e, como os números mostram, tem sido meio de morte ou invalidez permanente", diz o jornalista.

Acidentes de moto poderiam ser evitados. São vidas que se perdem, recursos jogados no lixo pela imprudência.

Acidentes com motos crescem e no Pará hospitais não dão conta de vítimas.

"Trinta por cento dos veículos motorizados no Brasil são motos, mas as motos são responsáveis por 76% das indenizações por lesões corporais ou morte em acidentes de trânsito, segundo dados do DPVAT, o seguro obrigatório. Foram quase 500 mil pessoas no ano passado que sofreram lesões. Dá o incrível número de 1.360 a cada dia. As motos, no ano passado, provocaram 26 mil mortes - metade das mortes no trânsito no ano todo. São mais de 70 por dia. Mas os números, parece, por mais catastróficos que sejam, não são capazes de alterar os hábitos que levam a essa colossal tragédia.

A lei diz que motos têm que ocupar o espaço de um carro na pista, que não se pode ultrapassar pela direita, que se deve guardar distância segura do veículo da frente, mas isso contraria a razão de existir da maioria dos condutores de moto, vencer os congestionamentos nas cidades e fazer a entrega rápida. O desesperador é que para a maioria dos condutores é um meio de vida e, como os números mostram, tem sido meio de morte ou invalidez permanente", destaca o comentarista.

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