quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Operação resgata 15 pessoas em condições de trabalho análogas

Operação resgata 15 pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão em fazenda de Goiás.

Segundo auditor, trabalhadores tinham alojamento em péssimas condições.

Eles recebiam salário, mas não tinham equipamentos adequados ou direitos trabalhistas.

Por Vanessa Martins, G1 GO

Trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão.

São Miguel do Araguaia Goiás. Trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão São Miguel do Araguaia Goiás Trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão São Miguel do Araguaia Goiás.

Uma operação da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO) libertou 15 pessoas em condições de trabalho análogas à escravidão em São Miguel do Araguaia, no noroeste goiano. Fiscais constataram que as pessoas tinham alojamento quase aberto, banheiro sem teto e nenhum registro trabalhista.

“As condições de abrigo dos animais era melhor que a das pessoas. O local das baias e currais estavam em bom estado, mas os alojamentos eram péssimos. Tinha uma parte que era de lona e outra que era aberta, não tinham carteira assinada, não recebiam nenhum direito trabalhista, como férias, FGTS ou 13º salário. Eram remunerados, mas estavam em condições muito precárias”, esclareceu ao G1 o auditor Rogério Araújo.

Operação foi feita entre os dias 29 de janeiro e 3 de fevereiro deste ano. Conforme a fiscalização, o grupo estava no local há pouco mais de um ano. Nove deles foram levados do Maranhão para trabalhar na fazenda. Todos eram responsáveis por trabalhos rurais e serviços gerais na fazenda e receberam, juntos, R$ 105 mil em rescisão dos empregadores, que não tiveram os nomes revelados.

“Eles vão ser autuados por infringir normas de segurança do trabalho, não fornecer equipamento de proteção individual, por não cumprir normas trabalhistas e por manter trabalhadores em situação degradante. Ainda não podemos estimar o valor da multa, mas se tudo for comprovado, eles podem entrar na lista suja do Ministério do Trabalho e do Emprego [MTE]”, completou.

Araújo destacou que empresas desta lista não conseguem empréstimos e têm dificuldade de exportar produtos, já que muitas companhias internacionais se recusam a negociar com fornecedores que mantêm trabalho escravo.

Banheiro usado por trabalhadores tinha galão como pia e não tinha teto trabalhadores tinha galão como pia e não tinha teto.

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