Operação W foi deflagrada após suspeita de atentado
contra auditor-fiscal no RS.
A Polícia Federal (PF) gaúcha deflagrou na manhã
desta quinta-feira a operação “W” para desarticular quadrilha que atuava na
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul. Três
pessoas foram presas e seis mandados de busca e apreensão, cumpridos em Porto
Alegre.
A investigação – conduzida pela Unidade de Combate aos Desvios de Recursos Públicos – teve início em julho. A PF apurou que servidores públicos, entre eles um auditor-fiscal do Trabalho, resolviam rapidamente embargos e interdições de grandes obras no interesse de um grupo empresarial da área de Segurança do Trabalho. A maioria desses entraves foi imposta pelo auditor investigado em troca de vantagem pessoal. Em alguns casos, os embargos e interdições eram direcionados a grandes obras para que uma das empresas do grupo empresarial se apresentasse com a garantia da rápida resolução dos entraves estabelecidos pelas medidas administrativas impostas pelo auditor. Na Superintendência, os servidores públicos suspeitos aceleravam a tramitação interna para os clientes do grupo empresarial a fim de garantir as promessas feitas pelo principal articulador do esquema, que, além de promover o levantamento das medidas administrativas em prazo recorde, também assegurava uma espécie de “salvo-conduto” da Fiscalização do Trabalho no Estado. O grupo empresarial estava expandindo o sistema para outras capitais do País, nos mesmos moldes e igualmente se utilizando de corrupção de servidores públicos. Havia também o pagamento de propina a engenheiros encarregados de obras de grandes construtoras (na ordem de 3% a 5% no valor dos contratos) para contratarem o grupo para assessoria na área de segurança do trabalho. Atentado contra auditor-fiscal Segundo a PF, a deflagração da operação foi antecipada devido à descoberta de um plano de atentado contra a vida de auditor-fiscal do Trabalho que não fazia parte do esquema e que iria fiscalizar uma obra da construção de um empreendimento em Gravataí. O esquema investigado gera grandes lucros ao grupo empresarial, pois a paralisação de grandes obras representa custo adicional elevado com funcionários parados, máquinas locadas, terceirizados em geral, fornecedores e multas contratuais, além de atrasos no cronograma de conclusão e inauguração das obras. |
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