Porto Velho, Rondônia – O
coordenador nacional da Câmara de Engenharia de Segurança do Trabalho,
engenheiro de Segurança do Trabalho, Nelson Agostinho Burille, foi o
entrevistado desta terça-feira (13) do programa A Voz do Povo, comandado pelo
jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.
Em pauta, a realização, pela
primeira vez em Rondônia, da 2ª Reunião Ordinária das Câmaras Especializadas de
Engenharia de Segurança do Trabalho (CCEEST), que reuniu engenheiros de todo o
país.
“Cada Estado tem as suas
Câmaras, responsáveis por cada área da engenharia. É a primeira vez que a
reunião está sendo realizada em Rondônia, atendendo a um pedido do presidente
do Crea em Rondônia, Nélio Alencar”, destacou.
Ele pontuou ainda que “a
finalidade das coordenadorias é estabelecer as regras de se fazer as fiscalizações
e a prevenção aos acidentes e a preservação do maior bem do ser humano: a vida.
Estamos presentes desde o canteiro de obras, mas também em outros ambientes de
trabalho, para que haja a redução de acidentes, mutilações e até mortes”.
O engenheiro informou ainda
que “temos entre 3.500 a 4000 trabalhadores mortos no país. O que dá uma média
diária de 10 mortes ao dia. Temos legislação que é avançada. Mas, não há o
cumprimento da maioria das normas, principalmente por parte dos empregadores”.
Segundo ele, “nas empresas,
tem geralmente um batalhão para cuidar da segurança patrimonial, mas não se tem
uma equipe para cuidar da segurança em saúde. Precisamos fazer segurança
total”.
De acordo com Burille, “em
todo o Brasil, a situação já avançou e tivemos melhorias. Tivemos redução
significativa, mas nos últimos três anos não houve essa redução. Creio que pela
falta de uma política do Governo Federal. Há praticamente um desmanche do
Ministério do Trabalho, que tem apenas um departamento para cuidar do setor da
segurança do trabalho”.
Em Rondônia, em 2012, foram
registradas 41 mortes por acidentes de trabalho e mais de 4.000 acidentes
ocorridos.
Autor: Rondonoticias
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