Representante
da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) na
audiência pública da Comissão de Direitos Humanos (CDH) que discute a
regulamentação da terceirização no Brasil, a juíza do trabalho Noêmia Aparecida
disse que a instituição tem dúvidas quanto à adoção da prática até como
atividade-meio nas relações de trabalho.
A juíza
afirmou que o avanço da terceirização revela um cenário de "baixos
salários, aumento dos acidentes de trabalho e burla ao direito de férias".
Rebateu o argumento de que a adoção da terceirização para as atividades-fim
gerará mais empregos.
— Lei não
cria emprego, mas pode contribuir muito para a precarização da qualidade do
emprego em nosso país.
Concursos
Noêmia
Aparecida criticou o poder público por adotar a terceirização em larga escala.
E declarou que a aprovação do PL 4.330/2004 tem
o risco concreto de diminuir drasticamente a realização de concursos para a
contratação de servidores efetivos.
O mesmo
risco foi apontado pelo representante do Ministério Público do Trabalho na
audiência, o procurador Helder Amorim. Ele informou que a instituição não
apresentará qualquer sugestão à proposta enquanto a previsão da terceirização
nas atividades-fim não for retirada do texto.
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