A
importância da qualificação dos trabalhadores e de ações educativas na
prevenção de acidentes de trabalho na construção civil foram temas tratados por
representantes do setor industrial, da Justiça do Trabalho e parlamentares, no
Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Construção do Brasil – Um novo olhar
sobre a nossa indústria.
Na
avaliação do auditor-fiscal do trabalho Rômulo Machado a punição do Estado não
é o único caminho para prevenir os acidentes de trabalho. A educação aliada à
prevenção são elementos fundamentais.
“A
educação é um caminho primordial. Olhando especificamente para o setor de
segurança do trabalho, entendo que parcerias estratégicas a nível nacional, o
estabelecimento de campanhas, levar informações para a ponta [os operários] são
ações que têm potencial grande de modificar o ambiente de trabalho. A união de esforços
tem grande potencial de mudar realidades”, disse Machado.
O
presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos
Martins, avalia que, além de segurança no trabalho ser uma prioridade, é
importante garantir qualificação aos trabalhadores e um ambiente de trabalho
adequado. “Melhores empregos é o nosso grande objetivo. Precisamos de mais
produtividade e melhoria das condições de trabalho”, disse. Ele destacou a
necessidade de incentivar a formalização entre os trabalhadores da construção
civil. “O setor tem 54% de trabalhadores informais. É preciso combater esse
problema”, disse.
O
procurador do Trabalho Alessandro Santos de Miranda defendeu a participação
integrada de entidades sindicais e patronais e a autonomia de engenheiros e técnicos
do trabalho para a prevenção de acidentes. “É importante que as entidades
sindicais e patronais assumam suas responsabilidades”, disse.
O
Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Construção do Brasil foi organizado
com o objetivo de incentivar a adoção da gestão eficiente em projetos
preventivos de segurança e saúde nas empresas e compartilhar resultados
positivos.
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