sexta-feira, 25 de julho de 2014

Conjuntura política e nova constituinte marcam debate dos 30 anos da CUT/PB

A cada década que se passou, a Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) lutou por espaço, enfrentou grandes desafios e venceu com a força da organização da classe trabalhadora.

Escrito por: Emmanuela Nunes

Com intuito de comemorar as três décadas de lutas, a Central Única dos Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) e centenas de sindicalistas, militantes de movimentos sociais, lideranças partidárias e políticos de diversos partidos participaram do debate sobre "Conjuntura Politica no Brasil e a Reforma Política" com o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, realizado no auditório do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Paraíba (Sinttel).

De acordo com Paulo Marcelo, presidente da CUT-PB,  o inicio difícil do movimento sindical paraibano fortaleceu ainda mais o desenvolvimento da central. “No começo éramos pequenos, mas ganhamos força, ajudamos a construir uma história que orgulha toda classe traballhadora. Somos sem sombra de dúvidas uma central que tem pautado a luta do movimento sindical. Hoje, depois dessas três longas e trabalhosas décadas, sabemos que todo o esforço empreendido não foi em vão."

O presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, afirmou durante o debate, que a entidade acompanha todo o processo democrático brasileiro.  Projetos, manifestações, greves por melhores condições de trabalho e articulações com os trabalhadores fazem parte do percurso histórico da central.

Segundo Freitas, os avanços na política externa, na valorização salarial e as conquistas dos direitos trabalhistas continuam fortalecendo a central, que representa hoje a 5° maior central sindical do mundo. “O empoderamento da classe trabalhadora é fruto de décadas de lutas da CUT.”

Para ele, os avanços como a ampliação dos recursos do Prouni (Programa Universidade para Todos), Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) Bolsa Família e Minha Casa Minha vida, são a prova de que esse projeto de desenvolvimento tem que continuar.

Ao ser questionado se a reforma política acabaria com a corrupção no Brasil, o presidente disse que qualquer projeto cuja pauta é transformar para melhor a vida do trabalhador,  deve ser levado em conta.

“O Brasil não vai avançar se continuar tendo uma organização politica como a de hoje com o financiamento empresarial de campanha que desequilibra o processo democrático. Queremos discutir a participação popular no destino do país. A sociedade tem que ter instrumentos para discordar e transformar o que não funciona”,ressaltou Freitas.

Durante o debate, Luiz Couto, deputado federal (PT), ressaltou a necessidade de uma reforma mais ampla. “Além da reforma politica é importante uma reforma do poder em todos os setores com um novo pacto federativo. A gente considera que o projeto da constituinte com o plebiscito será efetivamente uma reforma profunda. A consequência é que diferentemente de agora, o poder econômico não definirá mais as eleições.”

De acordo com o deputado, existem três chagas no Brasil, “essas três chagas precisam ser tratadas no mesmo tempo e na mesma intensidade. A violência em suas diversas formas. O dinheiro que é desviado da saúde, da educação, da segurança e a chaga da corrupção que é financiada pela violência do estado e pela impunidade.”


Na confraternização realizada no Sindicato dos bancários participaram sindicalistas, militantes de movimentos sociais, lideranças comunitárias e partidárias, políticos de diversos partidos.
Presidentes: Nivaldo Barbosa SINTEST-PB, Paulo Marcelo CUT Paraíba, Vagner Freitas CUT Nacional e Laercio Silva ASTEST-PB. 


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Mais fotos em nosso facebook Laercio Silva.

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