Nossa História
O Projeto Escola Zé
Peão é uma das maiores realizações do SINTRICOM em parceria com o Departamento
de Educação da Universidade Federal da Paraíba. Resultado do trabalho
desenvolvido com a categoria no enfrentamento ao alto índice de analfabetismo,
a Escola Zé Peão é um direito conquistado pelos trabalhadores na Convenção
Coletiva de 1990.
Em abril de 1991, foram implantadas,
nos próprios canteiros de obra, as primeiras salas de aula do Projeto. Sinônimo
de emancipação cidadã, onde a aquisição do saber ler e escrever se traduz na
conquista de um conhecimento capaz de gerar transformações na vida de cada
trabalhador(a), o Projeto Escola Zé Peão é uma estratégia de educação de jovens
e adultos cuja ação educativa parte de reflexões marcantes e contemporâneos do
mundo do trabalho e da indústria da construção.
Quem Somos
A Coordenação Pedagógica do
PEZP é composta por profissionais qualificados que
atuam com base na proposta pedagógica do Projeto cujo objetivo é desenvolver
uma educação que promova a capacitação do operário para enfrentar o contexto
social, econômico, político, sindical e educacional contemporâneo. A
Coordenação do Projeto decidiu levar a escola ao local de trabalho, implantando
salas de aula dentro do próprio canteiro de obras, o que auxiliou a equipe a
elaborar, com maior clareza, a relação postulada entre escola e trabalho
produtivo.
Educadoras(es): Os
educadores são alunos dos cursos de licenciatura da UFPB e se inscrevem através
de edital. Passam por uma avaliação escrita com questões específicas sobre a
EJA e a Educação Popular. Após o processo de seleção concluído os candidatos/as
participam de uma formação inicial (60 horas), organizadas em quatro blocos
temáticos distintos: Identidade e Cultura; Histórico e Metodologias aplicadas a
EJA, numa perspectiva de Educação Popular; Planejamento e Avaliação e Aulas
Simuladas. Ao final do curso é feita uma entrevista, onde são vistas a
disponibilidade de tempo do candidato/a, sua participação e envolvimento com as
ações da comunidade e mais, seu real interesse em trabalhar com alfabetização
de jovens e adultos. Aos candidatos selecionados é oferecida formação
continuada no processo de ensino aprendizagem dos educandos.
O aluno- operário: Os
alunos-operários da Escola são, em sua grande maioria, de origem rural, do sexo
masculino, de baixa renda, relativamente jovens, pouco qualificados e com baixo
nível de escolarização formal. Dados coletados a partir das fichas de matrícula
permitem afirmar que expulsos do campo, pela falta de terra ou de oportunidades
de trabalho, os trabalhadores/alunos desembarcaram na cidade desprovida do
preparo mínimo exigido para o mercado formal de trabalho na cidade. A
precariedade nos níveis de escolarização e a ausência de qualificação
profissional os sujeitam aos empregos mais duros e penosos, de pior remuneração
e mais suscetíveis à rotatividade e ao desemprego, de que resultam péssimas
condições de sobrevivência.
Desafios futuros
O nosso grande desafio é o de diminuir a evasão formal (onde a
saída do aluno da escola é motivada por fatores externos à escola, como:
demissão, transferência e rotatividade, características bastante significativas
da indústria da construção; e a evasão real (onde a saída do aluno da escola é
motivada por fatores, como extensão da jornada de trabalho, cansaço,
concorrência com formas de lazer e vida social – dominó e baralho, televisão ou
rádio, cachaça e namoro; ou mesmo por conta de elementos inerentes ao próprio
Projeto, diretamente relacionados ao fazer pedagógico, que incluem dificuldades
típicas do processo de ensino-aprendizagem.
Outro
grande desafio é o da institucionalização do Projeto e sua transformação num
Programa regular, estável e economicamente sustentado no seio da UFPB e demais
instituições públicas que têm como seu objeto a formação de educadores e a
organização e execução de políticas específicas para a EJA.
Página na internet http://www.sintricomjp.com.br/
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