De acordo com dados do
Ministério da Saúde, cerca de 10 mil crianças foram hospitalizadas por
acidentes domésticos em 2011 no Brasil. As principais vítimas dentro da faixa
etária que vai de 0 a 10 anos foram os menores de um ano. Para prevenção
situações como essa, o prefeito Neilton Mulim sancionou a Lei 555/2014, de
autoria do vereador capitão Nelson Ruas (PSC), que institui o “Programa
Municipal de Orientação e Prevenção de Acidentes Domésticos”.
Segundo a lei, o programa
será executado em unidades básicas de saúde, escolas, creches e outros espaços
de convivência comunitária onde são atendidas gestantes, mães e crianças,
alertando para cuidados com medicamentos, substâncias químicas, equipamentos
elétricos, tomadas, janelas e redes de proteção, animais de estimação,
queimaduras, entre outras situações de risco.
O programa também contará
com a Semana de Conscientização sobre acidentes domésticos com crianças, que
deverá ser realizada no período de 12 a 19 de outubro, aproveitando o “gancho”
da comemoração do Dia das Crianças.
A ideia para criação do
projeto de lei, de acordo com o capitão Nelson Ruas, veio após um acidente com
uma criança de sua vizinhança após colocar o dedo na tomada da árvore de Natal,
no ano retrasado.
“Um fato que me deixou muito
abalado acabou me impulsionando a criar o Projeto de Lei. A gente observa muito
acidente com criança, emergências lotadas, principalmente em épocas de férias
em função de acidentes domésticos. Para evitar esse tipo de situação, é bom
instruir os pais nos órgãos municipais”, explicou o vereador.
Dicas - De acordo com a
enfermeira do serviço de materno-infantil da UFF, Silvia Helena da Cunha, a
primeira coisa que os responsáveis devem fazer é não subestimar a criança, pois
ela está ganhando movimentos e curiosidades que antes não conhecia.
“O que mais atendo são
crianças vítimas de substâncias intoxicantes, como cloro ou desinfetantes, que
muitas vezes não estão nas embalagens originais, ou de ingestão de medicamentos
em grande quantidade. É necessário que o adulto deixe esses produtos ou
medicamentos em locais de difícil acesso à criança e mantenha uma vigilância
constante”, explicou Silvia acrescentando que os responsáveis devem levar a
criança imediatamente à emergência e não estimulá-la a vomitar em caso de
ingestão de objetos ou alimentos tóxicos.
Silvia alerta ainda os pais
sobre sufocamentos causados por travesseiros. “Deve ter atenção à posição que a
criança dorme para que acidentes não ocorram”, orientou.
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