As obras da Transposição de Águas do Rio São Francisco registraram um
grande feito na última quinta-feira (30), que foi a conclusão da perfuração do
Túnel Cuncas I, numa extensão de 15,4 quilômetros, ligando o município de São
José de Piranhas/PB ao município de Maurití/CE.
Os
trabalhadores viraram à noite na comemoração dessa importante etapa da obra, em
festa realizada na Granja Santana em Maurití-CE, que contou com a presença não
só dos operários, mas de seus familiares.
A
construção do maior túnel para transporte de água da América Latina, o Cuncas
I, chegou aos 15,4 quilômetros depois de concluído. A estrutura fica
situada na divisa do Ceará com a Paraíba (São José de Piranhas-PB e Mauriti-CE)
e faz parte das intervenções do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que
irá garantir abastecimento de água para mais de 12 milhões de nordestinos.
A
expectativa, de acordo com o planejamento feito e pela garantia dada pela presidente
Dilma Roussef, é de que ele seja concluído, incluindo as obras de acabamento em
2015. A obra desperta a atenção não só pelos resultados que trará no futuro,
mas também pela estrutura de grande porte utilizada no projeto. Além de todo o
aparato de mão de obra e equipamentos, ainda conta com uma moderna máquina
importada da Finlândia para as escavações – a perfuradora de rocha intitulada
Jumbo.
Com o
objetivo de conduzir aproximadamente 83 mil litros de água por segundo, o túnel
levará água para a Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, após passar pelo túnel
-Cuncas II’. Para a condução dos recursos hídricos até os estados beneficiados,
a estrutura possui uma interligação com um reservatório. É a barragem de Boa
Vista, no município de São José de Piranhas-PB, que também está em construção.
O projeto
adota um sistema de perfuração com fogo controlado, conhecido como Novo Método
de Tunelamento Austríaco (NATM), que contribui para acelerar as obras. O
planejamento distribuiu os operários em frentes de serviço simultâneas, nas
duas extremidades dos túneis (entrada e saída). Na medida em que as perfurações
avançavam, as equipes se deslocavam em sentidos opostos até se encontrarem as
escavações. Com este método e o funcionamento em 24 horas, foi possível escavar
18 metros por dia.
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